Marluci: “É fundamental conscientizar que deficientes tem direitos e deveres”
“Muitas pessoas não sabem realmente qual o papel de uma assistente social”, a afirmação é da Assistente Social da Apae de Maracajá, Marluci de Oliveira Gonçalves. Segundo ela, a ação do serviço social possibilita o empoderamento das famílias usuárias através de atendimento individual e visita domiciliar. “É papel fundamental da Assistente Social conscientizar as famílias e a sociedade que a pessoas com deficiência intelectual e múltipla tem direitos e deveres como qualquer outro cidadão brasileiro”, relata.
Conforme Marluci, na Apae de Maracajá, uma das funções desempenhadas, está voltado ao atendimento as pessoas com deficiência e suas famílias afim de orientá-las ao acesso a programas de benefícios e demais políticas publicas que existem no município.
“Normalmente os atendimentos iniciam quando algum familiar procura um dos profissionais da instituição que pode ser da área da saúde, educação ou assistência social. Pois muitas vezes o caso chega até um profissional que acaba encaminhando para outra área”, conta ela.
A Assistente Social explica, que todo aluno quando entra é matriculado na instituição, um relatório socioeconômico é preenchido como, renda familiar, quantas pessoas moram na residência, quais as condições de moradia, e nele identificamos vários fatores que ajudam na hora de um atendimento.
“É a partir das informações socioeconômicas da família, que realizamos através de visita domiciliar, encaminhamentos para benefícios como: Beneficio de Prestação Continuada – BPC, pensão estadual ou aposentadoria. Benefícios estes que muitas pessoas com deficiência ou acima de 60 anos que se encaixam nos critérios tem direito”, explica.
Além dos benefícios, Marluci afirma que são identificadas as pessoas que precisam ser encaminhadas a médicos, ou para assistente social do município para que possa receber o auxilio emergencial ou auxilio moradia, quando tem direito.
“Realizamos acompanhamento da família quando ocorre negligencia, maus tratos, rompimento de vínculos familiares, entre outros serviços. Atualmente o principal problema enfrentado é a questão da pandemia pois alguns alunos tiveram seus benefícios bloqueados e aí precisamos solicitar o pedido de revisão, mas até agora não obtivemos resposta, pois todas as pericias e avaliações realizadas pelo INSS estão atrasadas”, frisa a profissional.
Segundo ela, encaminhou um aluno para avaliação de concessão de beneficio o BPC ano passado, e até agora ele não foi avaliado. “Quem sofre com tudo isso é a família que aguarda o desbloqueio do beneficio do beneficio”, relata.
Além do acolhimento, atendimento individual e visita domiciliar realizado pela Assistente Social, ela atua também na elaboração de projetos sociais para captação de recursos de acordo com as necessidades da instituição. “Atualmente já foram realizados projetos para aquisição de materiais para sala de fisioterapia, fonoaudiologia, turma de estimulação, aquisição de sistema fotovoltaico e um projeto para construção de uma nova sala de fisioterapia, que está em construção, conclui.