Política

Moisés pede apoio de empresários para convencer Alesc a votar reforma da Previdência

Nesta quinta-feira (17), o governador de Santa Catarina Carlos Moisés da Silva pediu a um grupo de empresários o apoio ao convencimento de parlamentares da Assembleia Legislativa de SC (Alesc) para votarem a proposta original do Executivo de reforma da Previdência estadual. O pedido ocorreu em reunião virtual da Federação das Associações Empresariais de SC (Facisc) com cerca de 200 lideranças empresariais do Estado.

“[O projeto] não é o ideal, mas é o máximo que nós podemos avançar”, disse o governador. “O apoio de vocês vai trazer segurança para o parlamentar que vote com mais tranquilidade […]. O governo teve a coragem de propor a reforma, duas vezes, mas sozinhos vai ficar um caminho muito duro”, acrescentou Moisés.

O chefe do Executivo estadual disse que há um “ambiente favorável” na Assembleia Legislativa e que não quer que parlamentares cedam à pressão de categorias. “Uma posição pública da Facisc, se os senhores aprovarem, o governo vai se sentir mais confortável”, declarou o governador.

O presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves, sinalizou de maneira positiva. “Pode estar certo que o senhor terá o nosso apoio para fazer essa reforma da Previdência. […] Conte conosco”, disse. Alves afirmou ainda que os números apresentados pelo Executivo, que projetam déficit anual de R$ 5 bilhões, são “inquestionáveis” e que “seremos a Grécia do amanhã”, caso a proposta não seja aprovada.

O governo tem cumprido agenda de negociação pela reforma antes mesmo da entrega do texto ao Parlamento. Nesta semana, o chefe da Casa Civil, Eron Giordani, reuniu-se com todas as bancadas da Alesc ao lado do presidente do Instituto de Previdência de SC (IPREV), Marcelo Panosso Mendonça. Além disso, estão previstos encontros com entidades representativas dos servidores e com poderes e órgãos.

Ainda durante a fala, Moisés declarou que a proposta de reforma da Previdência é “desfavorável” aos cerca de 80 mil servidores do Estado, mas “favorável” a todos os catarinenses. “Seria a cereja do bolo essa reforma da Previdência. Com isso, nós vamos dar mais velocidade para as obras que já começamos e começar obras novas”, disse. “[Queremos] ajuda para um projeto que não é para o governo Moisés, é para as futuras gerações. É um gesto de responsabilidade”, acrescentou.

A perspectiva do governo é entregar o texto na semana que vem.

 

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