ColunistasLúcio Vânio Moraes

Os responsáveis na construção do Hospital “Bom Pastor”- Araranguá-SC

Este texto é continuidade sobre a história da construção do Hospital “Bom Pastor”, município de Araranguá-SC, no período de 1926 até 1928. Tem como objetivo apresentar alguns nomes das pessoas que tiveram a ideia inicial para a construção do Hospital.

Pesquisando nos jornais do período, encontra-se, em uma matéria no jornal de Araranguá, intitulado A Verdade, referente ao ano de 1928, alguns dos responsáveis pela ideia da construção do hospital. Verifica-se que a construção teve a participação de padre Antônio Luiz Dias, de algumas autoridades políticas e de forma geral de uma pequena parcela da população. O redator e proprietário do jornal Durval Mattos, comenta sobre a importância dessa construção para a população araranguaense e sublinha os envolvidos na comissão para a construção do hospital “Bom Pastor”. “O espírito caridoso desta população alliado (sic) ao esforço titânico dos Drs. Aprígio Gomes, Manoel Pinho, Padre Antônio Luiz Dias e virtuosas senhoras de melhor sociedade desta cidade, criou e installou (sic), há algum tempo, o Hospital do Bom Pastor, que a muitas pessoas, até do vizinho estado do Rio Grande do Sul, está minorando dores. Grande é o movimento que se vê pela manhã no hospital, e entre o número de pessoas que vão procurar allívio (sic) aos seus soffrimentos (sic) vimos o Cel. João Fernandes, Dr. Aprígio Gomes, e sua esposa, Santi Vaccari e sua consorte, Dr. Chacon, o promotor desta comarca cidadão Herculano Furtado, José Martins negociante em Sombrio e […].”. (Jornal A Verdade. Araranguá, 17 de março de 1928, p. 1. n. 4, Ano I. Título: Hospital Bom Pastor. Arquivo Centro Histórico Cultural de Araranguá/SC.).

De acordo com padre Paulo Hobold, a primeira comissão do hospital “Bom Pastor” foi formada em novembro de 1927 e era composta por presidente Aprígio Gomes; vice-presidente padre Antônio Luiz Dias; tesoureiro era Santi Vaccari; secretário foi Mário Santos e Felipe Bacha como secretário de obras. (HOBOLD, 2005, p. 207).

Segundo esse autor, uma semana depois, a diretoria já marcaria uma concorrida solenidade, com o objetivo de assentar a pedra fundamental do hospital. Concluídos os discursos iniciais, tomou a palavra o padre, cumprindo o ritual da benção, cujo gesto também significava gotejar a realidade de tão esperada obra. Estavam presentes no ato, toda a comissão de autoridades, grande número de moradores, e Alcebíades Seara, que seria o próximo prefeito. Mas, conforme padre Paulo Hobold, a pedra fundamental permaneceria adormecida por bastante tempo, em função das sérias dificuldades de levar à prática todos os esforços e planejamentos de tantas reuniões. (HOBOLD, 2005, p. 207).

Ainda por meio de depoimento oral, é possível conhecer outros personagens também responsáveis por articular a construção do hospital em Araranguá. Em entrevista concedida ao padre João Leonir Dall’Alba em 1985, o senhor Artur Bertoncini lembrou da construção do antigo “Bom Pastor” e descreveu também os responsáveis pela ideia de construir o hospital. De acordo com ele, “[…] o antigo Bom Pastor, foi iniciativa do Padre Antônio Luiz Dias, de meu pai, Antônio Bertoncini, do Procópio Caetano da Silva, do meu sogro Prezalino Januário de Souza. Santi Vaccari, Severino Mello, Jorge e Felipe Bacha, João Bento de Souza, Tomaz Luz, que era de Orleans, Manuel Larroyd, pernambucano. Houve mais gente colaborando. (DALL’ALBA, 1994, p. 107).

 

Palavras- chave: Hospital; Igreja Católica; Política.

Foto: Arquivo do Centro Histórico Cultural de Araranguá

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