
Demarcação de áreas urbanas e agrícolas é pauta de audiência pública na Linha Batista

A Câmara de Vereadores de Criciúma promoveu, na noite desta quarta-feira (10), uma audiência pública para discutir a “Demarcação e Delimitação de Áreas Urbanas e Agrícolas”. O encontro ocorreu no Salão de Festas da Capela São Casimiro, na comunidade da Linha Batista, e reuniu mais de 200 pessoas entre moradores, produtores rurais, lideranças comunitárias e representantes do poder público. A iniciativa foi proposta pelo vereador Marcos Machado (MDB), o Marquinho.
Participaram da mesa o diretor de planejamento urbanístico de Criciúma, Edson Silva, a coordenadora da Pastoral da Comunidade do bairro Linha Batista, Deni Sartor, o vereador Valdeci Bittencourt (PSD), o Amaral, e a presidente da Associação de Moradores do bairro, Karina Dela Bruna. Também estiveram presentes os vereadores Valmir Dagostim (PP), o Miri, Gorete Corrêa Boaroli (PSDB), Aldinei Potelecki (Republicanos), Daniel Bonifácio (PSD) e Juarez de Jesus (PL).
Durante a audiência, os participantes destacaram a importância de ouvir a comunidade e valorizar o papel do agricultor no desenvolvimento do município. Para o vereador Marquinho Machado, a grande presença do público demonstrou o engajamento da comunidade na busca por soluções.
“Nessa audiência nós tivemos um retrato do que é a participação cidadã. Mais de 200 pessoas estavam discutindo delimitação urbana, zoneamento rural e a importância do produtor rural na cidade de Criciúma. Tivemos encaminhamentos importantes que levaremos ao Poder Executivo, aproximando ainda mais o poder público das pessoas que moram nessa região”, afirmou.
O vereador Amaral Bittencourt reforçou que o evento representou uma resposta direta às demandas dos moradores da Linha Batista. “Nós estamos hoje nesta audiência pública para servir a sociedade, atendendo ao pedido da comunidade. Vocês, produtores, são os que colocam o alimento na mesa da população”, destacou.
A coordenadora da Pastoral da Comunidade, Deni Sartor, lembrou a relevância da agricultura para a vida cotidiana. “O alimento que nós comemos todos os dias, e se nós temos o pão de cada dia, é graças ao agricultor. Por isso, essa manifestação é tão importante”, disse.
A presidente da Associação de Moradores, Karina Dela Bruna, destacou que o encontro deu voz à comunidade, que até então não havia sido ouvida nas discussões sobre zoneamento. “Foi um momento muito produtivo. A comunidade precisava ser ouvida. A partir de agora, aguardamos os encaminhamentos, com foco na proteção da área rural e na garantia de um alimento digno e de qualidade”, ressaltou.
Representando o Executivo, o diretor de planejamento urbanístico, Edson Silva, colocou-se à disposição para dar continuidade às tratativas. “Nós já acompanhamos há algum tempo as demandas daqui. Queremos ajudar e trazer políticas que possam beneficiar os moradores do bairro. Estamos à disposição”, afirmou.
O debate teve como objetivo buscar um equilíbrio entre o crescimento urbano, a valorização da agricultura local e a preservação ambiental, atendendo às necessidades dos moradores e produtores rurais da região.
Encaminhamentos da audiência
Ao final, foram definidos os seguintes encaminhamentos a partir das demandas apresentadas:
- Realização de um estudo por geólogo referente às nascentes da região;
- Envio do estudo referente aos loteamentos aprovados no bairro;
- Análise da viabilidade de restrição, por lei, da troca de área rural para urbana apenas a cada 10 anos, conforme previsto no Plano Diretor;
- Estudo, a partir do Poder Executivo, da criação de uma Secretaria de Desenvolvimento Urbano;
- Realização de audiência pública local sempre que houver proposta de alteração de zoneamento;
- Encaminhamento do registro da audiência para o Conselho de Desenvolvimento Municipal (CDM);
- Questionamentos da Câmara de Vereadores, via requerimento, conforme as perguntas apresentadas pela Associação de Moradores.
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