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Tecnologia a serviço da inclusão: acadêmicos da Unesc criam urna eletrônica para eleição na Apae de Criciúma

Projeto de Extensão do curso de Ciência da Computação transforma aprendizado em cidadania e fortalece parceria de mais de uma década

A eleição dos autodefensores da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Criciúma, realizada no início de novembro, marcou um novo capítulo na parceria entre a Unesc e a instituição. Pela primeira vez, os alunos votaram de forma totalmente digital, em uma urna eletrônica desenvolvida por acadêmicos do curso de Ciência da Computação. A iniciativa integra o projeto de extensão que, desde 2014, promove a inclusão digital e o uso da tecnologia como instrumento de autonomia e cidadania.

O coordenador do curso, professor Luciano Antunes, e o acadêmico Davi Medeiros de Oliveira, bolsista do projeto, desenvolveram uma urna adaptada às necessidades da Apae, com cores, nomes e sons personalizados para garantir acessibilidade e uma experiência próxima à realidade do processo eleitoral oficial.

Durante o processo, a urna foi instalada e acoplada a uma televisão, que permitiu aos eleitores visualizar os candidatos com clareza. Além disso, o sistema reproduzia o som característico da votação eletrônica, tornando o momento ainda mais simbólico.

“A eleição aconteceu de forma eletrônica e informatizada, garantindo transparência, organização e ampla participação de todos. Com essa parceria conseguimos implementar uma votação mais próxima da realidade, o que deu mais significado à experiência dos alunos. Os estudantes assumiram papéis importantes na organização da eleição, atuando como mesários, conferindo nomes nas listas, colocando digitais nos títulos e fiscalizando o andamento da votação. Foi um momento histórico, que proporcionou a vivência real de cidadania e reforçou a importância da participação democrática e da defesa de direitos dentro da sociedade”, comenta a coordenadora pedagógica da Apae, Daiane Rodrigues Rezende Rubbo.

A parceria entre a Apae e o curso de Ciência da Computação nasceu a partir de um edital de Extensão. Desde então, diversas iniciativas aproximam a tecnologia da rotina da instituição. “Para os alunos da instituição, representa uma oportunidade de inclusão digital e de vivência com tecnologias que ampliam sua autonomia, expressão e participação social. Já para nossos estudantes, é uma experiência prática que fortalece competências técnicas e valores humanos, como empatia e responsabilidade social”, ressalta o coordenador do curso de Ciência da Computação, Luciano Antunes.

Aprendizado que gera transformação

Além de contribuir com os alunos da Apae de Criciúma, a atividade oportunizou aprendizados aos acadêmicos envolvidos, como é o caso de Davi Medeiros, que frequenta a segunda fase do curso. “O professor Luciano fez a base do sistema e eu adaptei às necessidades da instituição, alterando cores, nomes, tamanhos e funções. Tivemos desafios, como um erro na contagem de votos, que resolvemos com a revisão do código. Porém, o mais importante foi perceber a contribuição da tecnologia, o que gera impacto real na comunidade”, afirma.

“Trabalhar com a Apae me faz entender o impacto positivo que podemos causar. Ver a alegria dos alunos e perceber como algo que criamos pode facilitar a vida deles me traz esperança nas tantas coisas que ainda podem ser feitas”, acrescenta o estudante.

A parceria entre a Unesc, por meio do curso de Ciência da Computação, e a Apae de Criciúma é um exemplo de como o conhecimento universitário se transforma em ação social. “Ações como essa mostram, na prática, como a tecnologia modifica realidades”, cita o coordenador-adjunto, Rogério Antônio Casagrande.

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