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Irmandades e Congregações nas comunidades de Maracajá (1951)

Pesquisando o Livro Tombo da Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens de Araranguá-SC, é visível um resumo espiritual de todas as capelas pertencentes à paróquia do ano de 1951. E, analisando somente as comunidades que pertenciam administrativamente ao distrito de Maracajá, percebem-se significativos números de pessoas que se envolviam com as irmandades e congregações vinculadas à Igreja Católica. Por exemplo, na capela de Santa Bárbara no Cedro havia 57 pessoas no apostolado; na capela de Santo Antônio no Barro Vermelho havia 30 pessoas no apostolado e 20 “Filhas de Maria”. Na capela de Nossa Senhora do Caravággio, no Espigão da Toca, havia 35 pessoas no apostolado e 45 “Filhas de Maria”.

Em Maracajá, na capela de Nossa Senhora da Conceição, havia 35 no apostolado, 88 “Filhas de Maria” e 44 Congregação dos Marianos. (Paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens de Araranguá. Livro Tombo, Tomo 1, p. 135v e 136). Segundo as normas da Igreja, o grupo Apostolado da Oração deveria ser formado por casais idôneos que também participavam de encontros mensais, participavam de festividades da Igreja Católica local e capelas vizinhas. O apostolado tinha a identidade conhecida pela vida dedicada à oração, rezas. Era uma congregação reconhecida na Igreja em razão da oração que mantinha os fiéis e o bom andamento espiritual da Igreja. A congregação das “Filhas de Maria” era formada somente por jovens solteiras acima de 15 anos. Elas deveriam ser consagradas e devotas à Nossa Senhora, com rezas e penitências. Era a forma que a Igreja Católica possuía de manter as jovens da Igreja envolvidas com a religiosidade. Nesse grupo havia uma líder jovem que norteava a presença do grupo nas festividades e inclusive nas missas na localidade.

Os encontros eram uma vez ao mês e existia uma forma de angariar fundos, que seria a contribuição da mensalidade. A identificação pela vestimenta da congregação era o vestido branco, fita azul e véu branco. O grupo da Congregação dos Marianos era constituído por jovens acima de 15 anos. Os moços também tinham seus encontros mensais, faziam as orações e participavam das festividades da Igreja. A fotografia dessa coluna é a Congregação dos Marianos, de jovens católicos das comunidades de Maracajá. Os jovens Marianos usavam roupa social, calça, terno e gravata.

Na foto identificamos o senhor Nivaldo José Rosa, senhor Manoel Gomes Baltazar, o Pe. José.

Lúcio Vânio Moraes. Doutor em História Cultural (UFSC).

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