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Semana de Ciência e Tecnologia expõe estudo sobre Covid-19 na região


Pesquisadores da Unesc apuraram detalhes sobre repercussões da pandemia em Criciúma e Siderópolis (Fotos: Reprodução)

A XII Semana de Ciência e Tecnologia (SCT), o maior evento institucional da Unesc, contou com uma importante abordagem em seu último dia de programação, nesta sexta-feira (12/11). Foram apresentados resultados da pesquisa “Contribuições da Saúde Coletiva no Enfrentamento da Pandemia de Covid-19”, levantamento realizado em 2020 por uma equipe multidisciplinar da Universidade em Criciúma e Siderópolis. A proposta teve como público alvo a população adulta das duas cidades.As atividades foram lideradas pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSCol) e realizado em parceria com os cursos de Biomedicina e Enfermagem da Unesc e a Secretaria Municipal de Saúde de Siderópolis. Na XII SCT o material foi apresentado pelos professores Antonio Augusto Schafer e Cristiane Damiani Tomasi.“Nosso principal objetivo foi o de fornecer, com este trabalho, dados essenciais na formulação de estratégias de enfrentamento à pandemia gerada pela Covid-19 e a organização dos serviços. Tratamos sobre o endurecimento ou afrouxamento das medidas de distanciamento social, evitando a disseminação da doença que acometeu fatalmente muitas pessoas na região”, explicou Schafer.A professora Cristiane lembrou que o coronavírus colocou o mundo todo de frente a uma situação inédita, com números assustadores e um sentimento assustador de insegurança, “pois a doença se alastrou com velocidade alarmante, assumindo o epicentro da pandemia apenas três meses após a notificação do primeiro caso no país. E ainda tivemos que conviver com a negativa das pessoas que se recusaram em aderir às medidas de isolamento social e, sobretudo, dificuldades iniciais nas estratégias efetivas de enfrentamento. Daí nasceu a necessidade deste importante trabalho”, assinalou.O trabalho começou em uma pesquisa em 2019, em Criciúma. “Quando a pandemia iniciou trouxemos a pesquisa anterior para fazer o trabalho direcionado à saúde mental das pessoas diante da pandemia: a Metal Covid. Com os dados anteriores foi possível fazer o contraponto dos dois momentos. Lembrando que os dados foram coletados durante a pandemia, com uso de todos os meios de segurança e com um programa específico. E as questões giraram em torno de informações semelhantes às da pesquisa de 2019 e outras voltadas à pandemia para que pudéssemos fazer os comparativos”, ressaltou Schafer.Dados surpreendentesOs pesquisadores pinçaram alguns resultados que consideram surpreendentes na comparação dos resultados da pesquisa entre a origem em 2019 e a evolução em 2020. “Encontramos melhora na saúde das pessoas, é claro, com a base de dados populacional”, apontou Schafer.Mas há um porém. “Os que buscaram várias vezes ao dia as informações sobre o novo coronavírus, o que chamamos de infodemia, apresentaram maior stress, sintomas depressivos, maior sentimento de tristeza. Isso também ocorreu com os indivíduos que sentiram mais medo ou preocupação com a doença”, assinalou o professor.]Cristiane observou que o trabalho continua. “Pois a pesquisa está em constante movimento para que dados importantes possam contribuir com a saúde coletiva das pessoas. É uma preocupação da Universidade e nossa enquanto pesquisadores, uma vez que o material coletado, as informações compiladas e o resultado alcançado são fundamentais para a melhor qualidade de vida das pessoas”, pontuou.O sucesso da SCTO painel sobre Covid-19 fez parte de uma ampla programação que movimentou a SCT na Unesc. Foram mais de 2 mil inscritos nas palestras, minicursos, workshops e nos variados eventos relacionados.Encerrada nesta nesta sexta-feira (12/11), a SCT teve o patrocínio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-SC) e o apoio de Fapesc, CNPq, Capes e Biozenthi Dermocosméticos.

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