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Dia da Consciência Negra: luta constante pelo reconhecimento e pela valorização

Há 50 anos data rememora contribuição de homens e mulheres negros na sociedade (Foto: Mayara Cardoso)

O dia 20 de novembro, data que marca a morte do Quilombo dos Palmares, Zumbi dos Palmares, símbolo de resistência e luta dos africanos contra a escravização no Brasil, há 50 anos é dia de homenagens e reflexão. Apesar do meio século de tradições voltadas ao Dia da Consciência Negra, a luta atual se volta à constância das discussões e do reconhecimento do papel da comunidade negra em todo o desenvolvimento do país e do mundo, além da defesa de direitos e respeito básicos.

Em Criciúma, uma das grandes lideranças do movimento é a professora da Unesc, Normélia Ondina Lalau de Farias, coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi). A esperança, para ela, que carrega a tradição familiar da luta, é de que em breve não seja preciso destinar tamanha atenção ao 20 de novembro. “O ideal é que não precisasse de uma data e, sim, que essa atenção fosse traduzida em todos os dias do ano todo. Desta forma esse dia seria tão somente para relembrar a contribuição de homens e mulheres negras que tanto colaboraram para a questão socioeconômica do nosso país”, comenta.

O ensino e o debate sobre a África, a cultura afro-brasileira e o respeito à essa total diversidade, de acordo com Normélia, é evidenciado ao longo da semana. “A data faz com que nós todos paremos para pensar, refletir e respeitar a questão cultural e este povo e, querendo ou não, que as escolas e instituições de forma geral voltem suas atenções para o assunto”, acrescenta.

O caminho para a igualdade, para a coordenadora, é longo e passa pela conscientização. “Temos que conscientizar de que precisamos nos aprofundar cada vez mais. Precisamos conhecer as histórias de outros povos para entendermos o que resultou desta diáspora e quais foram as contribuições que esses povos trouxeram para as nações”, destaca ainda.

A coordenadora concedeu entrevista para a Unesc TV sobre o assunto, na qual aprofundou também o histórico da população afro em Criciúma e na região.

Confira abaixo a entrevista completa comandada pelo jornalista Denis Luciano:

https://www.youtube.com/watch?v=CTBBEwf9zrs

Eventos programados

Para marcar a passagem da data, a Unesc, por meio do Neabi e da Secretaria de Diversidades e Políticas de Ações Afirmativas, participou no sábado (20/11), do “1º Aquilombar – Essa terra também é nossa”. O evento foi realizado no Parque Altair Guidi com entrada gratuita e atrações culturais.

Nesta segunda-feira (22/11) o Auditório Ruy Hülse, na Unesc, receberá, às 14h, o lançamento do livro Laís Feridas Abertas, do autor Marcello Zapelini. No mesmo encontro, transmitido ao vivo pelo Youtube, participarão as convidadas Kátia Marlowa Bianchi Ferreira Pessoa, do Programa de Pós-Graduação de Letras, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), Simélia de Mello Araújo e Tathiana Cassiano, do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Thalia Faller, do Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS).

Na quinta-feira (25/11), finalizando a programação alusiva ao Dia da Consciência Negra, o Neabi e a Secretaria de Diversidades protagonizam ainda uma atividade com estudantes do Colégio Cedup Abílio Paulo, sobre memórias da Trajetória do Professor Vilson Lalau e sua contribuição à escola.

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