Esporte

Overtraining: quando o exercício vira risco à saúde

Educador físico, avaliam as consequências do excesso de atividades físicas.

A realização de atividades físicas é sempre apontada como um dos pilares para a manutenção de uma vida saudável. Porém, o excesso de treino pode acabar se tornando um risco para a qualidade de vida de qualquer atleta. Para o Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, com extensa experiência no tratamento de lesões desportivas, para descobrir se há “overtraining”, pode-se observar a quantidade de atletas machucados em um time. “Equipes que tenham várias lesões em um mesmo grupo, devem começar a avaliar a possibilidade de existir uma sobrecarga de treinamentos”, opina.

O médico afirma ainda, que, atualmente, já existem tecnologias que auxiliam na avaliação da saúde muscular dos atletas, porém, é necessário que os jogadores mantenham uma linha de conversa direta com a equipe médica para evitar problemas graves. “No início da dor, ele deve avisar. Porque toda lesão que for equalizada no começo tem muito mais opções de tratamento”, aconselha.

Para evitar problemas advindos do treinamento, o educador físico Tauan Gomes acredita que é necessário ter paciência para atingir os objetivos. “A atividade física não é algo que vai resolver em uma sessão. O treino, independente do seu objetivo, deve fazer parte da sua rotina para que você tenha um resultado sem se colocar em risco por excessos”, afirma.

O coach explica ainda, o “overtraining” ocorre quando o exercício realizado é superior às limitações do condicionamento do atleta. “O prejuízo não é só físico. Além do desgaste muscular, há uma queda no sistema cognitivo, ocasionando fadiga mental, aumento da fome, desregulação do sono, irritação, estresse e redução de performance esportiva também”, detalha Tauan Gomes. Para ele, a melhor forma de evitar as lesões é manter um treino organizado e supervisionado para que não haja sobrecarga no músculo.

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