Ao completar 16 anos, a Apae de Maracajá relembra toda trajetória, até se tornar unanimidade na cidade.
Antenor Rocha, conhecido como Tata, prefeito de Maracajá por três vezes, lembra que os primeiros atendimentos eram feitos na Apae de Araranguá. “Os atendimentos iniciaram em 1989, quando me elegi prefeito pela primeira vez. Pois ja sabíamos que algumas pessoas precisavam desse atendimento, e na época a prefeitura possuía apenas um automóvel, um Corcel 2. Então resolvemos fazer um convênio com a Apae de Araranguá, e como não tínhamos veículo próprio adequado, fretamos uma combi do Itamar, que vinha do Pontão, para fazer o transporte de 10 alunos. Algum tempo depois, conseguimos adquirir um veículo próprio para levar diariamente os alunos para Apae de Araranguá”, lembra Tata.
Conforme ele, no último ano de seu terceiro mandato como prefeito, em 2004, surgiu a ideia, através do então vereador Geraldo Leandro, de fundar a Apae de Maracajá, no qual se concretizou no dia 2 de junho de 2006, quando Tata assumiu como primeiro presidente da instituição.
“Por volta de 2007, não tínhamos nem um caderno ou uma caneta, mas com uma diretoria bem coesa, decidimos alugar uma casa na Garajuva e iniciar as atividades com os alunos. Pouco tempo depois, surgiu a ideia de trazer a instituição para o centro, pois existia uma associação chamada Maracajá Clube, que vinha sendo usada particularmente, como um bar, mas teríamos que indenizar o dono do bar, na qual conseguimos recursos através da doação de madeira doada pela Polícia Ambiental. Conseguimos reverter toda a madeira em recursos para indenizar a pessoa que tocava o bar no local. Após esse acerto, em uma assembleia conseguimos convencer os sócios do Clube, a doarem o prédio para Apae”, afirma Tata.
Ainda conforme ele, o local precisaria passar por uma reforma e adequações. Então para levantar recursos, a diretoria decidiu realizar a 1ª Feijoada Solidária da Apae. “O evento foi um sucesso, tanto que somente no período de pandemia, deixou de ser realizado. Temos que destacar que todas as administrações municipais contribuíram com a Apae, e continuam sendo fundamentais para que a instituição consiga prestar o atendimento na cidade”, relata.
O presidente da Apae por três mandatos, Dilnei de Pelegrini, sempre participou das ações da instituição. “Além de presidente, fui vice-presidente por quatro anos e meio. Então falar de Apae é muito gratificante. Desde o início a diretoria tinha em mente três ações importantes para serem realizadas. Primeiro era a construção desta sede que aqui está, com salas adequadas para abrigar os alunos com qualidade. Segundo seria ampliar o número de profissionais e serviços prestados. E em terceiro seria equipar ainda mais a instituição com equipamentos modernos, qualificando o atendimento, como a sala de computação, sala de fisioterapia totalmente equipada, lousa digital, são exemplos do trabalho que realizamos com um grande prazer”, afirma o presidente Dilnei, pois conforme ele, nesses 16 anos contribuindo com a Apae de Maracajá, foi um período de muita gratidão e aprendizado. “Nesse último ano de mandato, posso afirmar com toda certeza, que nesses 16 anos, recebi o dobro da ajuda, que proporcionei aos alunos e a instituição”, conclui.
Não menos importante, o ex-vereador de três mandatos, Geraldo Leandro foi peça importante no processo de fundação da Apae Maracajá.
“No meu primeiro mandato como vereador, em 2004, por influencia do deputado Júlio Garcia, que sempre foi um grande defensor das Apaes, inclusive destinando recursos para ajudar a reformar a entidade, acabei pegando amor por esse projeto. Iniciei levantamentos na secretaria de educação do município, no qual existiam 27 alunos que precisavam se deslocar para Apae de Araranguá diariamente. Visitamos outras Apaes, montamos um estatuto e toda documentação necessária para implantação da Associação. Na época algumas pessoas chegaram a comentar que isso resultaria em mais despesas para o município, mas conseguimos provar que isso não era despesa, e sim investimento em educação e qualidade de vida para os alunos que precisavam e precisam da instituição. É um atendimento tão bonito, que a Apae se tornou unanimidade no município, e que nos orgulha e até emociona, quando relembramos de todo trajeto”, frisa Geraldo.
Para marcar o aniversário da Apae, que completou 16 anos na quinta-feira (2), um pequeno cerimonial foi realizado na instituição, com a participação de alunos, funcionários, diretoria, autoridades municipais e alguns idealizadores que fizeram parte da fundação. Apresentação de vídeos sobre o histórico, relatos dos idealizadores, apresentação de alunos e corte do bolo fez parte da programação.
O Centro de Atendimento-CAESP da APAE oferece atendimento Pedagógico e habilitatório e Reabilitatório, com equipe Multidisciplinar composta por Psicóloga, Fonoaudióloga, Fisioterapeuta e Assistente Social Além das Pedagogas. Com Turmas de: Programa de Atividades Laborais/Oficinas, Serviço de Atendimento Específico/SAE e SAE-TEA (Autistas), Atendimento Educacional Especializado/AEE e Estimulação Precoce. Atende 53 alunos atualmente.