Em Nota, Governo de Criciúma comunica que escola do São Domingos não será fechada
Uma reunião na tarde deste domingo (23), na prefeitura de Criciúma com moradores do bairro São Domingos, deixou pais e professores da Escola Municipal Augusto Pavei, mais tranquilos.
Conforme Nota Oficial do Governo do Município de Criciúma, a escola da comunidade não será fechada.
Confira a Nota Oficial distribuída após a reunião
“O Governo do Município comunica que a Escola Municipal de Educação Básica Augusto Pavei, no bairro São Domingos, permanecerá em funcionamento.
A definição foi discutida na tarde desde domingo (23) em reunião com a comunidade escolar, no Paço Municipal Marcos Rovaris.
Na ocasião, a Administração Municipal destacou os benefícios de uma possível readequação dos alunos, em instituições próximas, com estrutura ampla e melhores condições de ensino-aprendizagem. Entretanto, definiu pela continuidade do funcionamento do espaço, em conformidade aos anseios da comunidade escolar”.
Conforme a presidente da Associação de Pais e Professores – APP da Escola, Kari Daniele Flores Carneiro, o prefeito Clésio Salvaro deu importância e demonstrou respeito pela comunidade.
“Meu coração está em paz em saber que nossas crianças continuarão sendo atendidas na comunidade onde vivem. Gratidão ao nosso prefeito que acatou o pedido de manter as atividades na Escola Augusto Pavei, percebendo o quanto a escola é querida e importante pra nossa comunidade”, comemora a presidente da APP.
Entenda o caso
Na quinta-feira (20), aproximadamente 200 pessoas participaram de uma reunião na Escola Municipal Augusto Pavei, no bairro São Domingos, para discutir sobre um possível fechamento da instituição.
Conforme o morador do bairro Lucas Dominguini, representantes da secretaria de educação de Criciúma estiveram no bairro São Domingos para discutir o fechamento da Escola Municipal Augusto Pavei. “Como argumento, apresentaram o baixo número de alunos, que hoje atende 81 estudantes, a existência ainda de turmas multiseriadas, a dificuldade de ampliação da estrutura existente e os resultados do Índice de desenvolvimento da Educação Básica – IDEB abaixo da média municipal. E com o fechamento, os alunos seriam deslocados para outras escolas no Bairro Quarta Linha”, relatou Lucas.
Segundo ele, a escola tem quase 70 anos e argumentos em defesa da manutenção da escola não faltam. “Apresentamos dados como o crescimento do bairro, que é 2,5 vezes maior do que o crescimento médio do município, resultados em outros processos de avaliação da educação maiores que a média municipal. Todos no bairro se sentem parte responsáveis pela escola, e seria um grande prejuízo para a comunidade, fechar a unidade escolar”, relatou Lucas.
A presidente da Associação de Pais e Professores – APP da Escola, Kari Daniele Flores Carneiro, explicou que a comunidade não quer que unidade escolar seja fechada. “Nossa escola tem história, nossos alunos estão totalmente ambientados, com identidades fixadas na comunidade. Outro ponto é que o bairro tem perspectiva de crescimento, pois mais um loteamento está sendo implantado no bairro, com 231 terrenos vendidos e com vários imóveis em fase de construção. Então estamos tranquilos quanto ao número de alunos, que deve crescer, além da qualidade do ensino que sempre foi ótima”, afirmou a presidente da APP.
A presidente da Associação de Moradores do bairro São Domingos, Maria das Graças Felisberto Daros, também foi contra o fechamento da unidade escolar. “Os argumentos, não nos convenceu. Achamos inadmissível é uma professora ter que dar conta de 30 alunos em uma sala de aula, ao contrário daqui, que mesmo que seja duas séries em uma mesma sala, com 15 ou 18 alunos, o professor consegue ensinar com qualidade. Os pais também não acham que o ensino é de má qualidade e estão satisfeitos com o ensino aqui na escola. E quando falam que a escola precisa de um laboratório de informática, eu discordo, pois todos alunos tem acesso em casa, eles sabem usar o smartphone melhor que a gente. Alegaram falta de uma quadra de esportiva, pois temos o campo de futebol atrás da escola e quando chove tem o salão de festas que sempre foi disponibilizado. Queremos é somente preservar o que é de bom, pois nossa comunidade não pode servir apenas para penitenciárias”, conclui a presidente da Associação.
Uma nova reunião seria realizada para novos encaminhamentos. No qual aconteceu neste domingo (23) na prefeitura de Criciúma.