Escola de Maracajá conhece história de moradora que restaurou mais de 2 mil bonecas do “lixo”
Muito do que é descartado diariamente pelas famílias de todas as cidades e levado pela caminhão da coleta domiciliar, na realidade não é “lixo”. Reciclar é uma necessidade importante para o meio ambiente e, sobretudo, para todas as pessoas. Esta realidade foi entendida na prática por estudantes da Escola de Educação Básica Municipal Maria Libânia Machado, do bairro Encruzo do Barro Vermelho, em Maracajá, ao receberem a visita de Ivonete Duarte Comin, que “do lixo” retirou mais de duas mil bonecas e as restaurou, deixando-as em perfeito estado para um novo uso.
“Melhor que a lição de vida que as crianças receberam e com o encantamento delas com a trajetória de vida da visitante, foi o presente que ganharam, pois Ivonete doou mais de uma dezena de bonecas para a escola”, relata a professora Cristiane Sant ´Ana. Segundo ela, Ivonete contou que recolhia bonecas e brinquedos do Centro de Triagem de Maracajá, onde trabalhou por um período e teve autorização do gestor para isto, já que aqueles objetos também eram vistos como “lixo” e sem utilidade para o órgão municipal.
A restauradora de bonecas e brinquedos respondeu a perguntas dos estudantes, que se interessaram, principalmente pela forma como se processava o restauro e, também, qual destino ela dava aos objetos restaurados. A convidada contou em mínimos detalhes a atividade e explicou que por problemas de saúde não mais exerce a atividade, mas que mantém ainda em sua casa uma boa quantidade de bonecas e destas destinou dezenas para serem utilizadas pelos estudantes da escola nos momentos de brincadeiras e recreação.
“Deste momento de partilha de experiências de vida, uma lição muito importante ficou para as crianças; nem tudo é lixo e que podemos cuidar dos brinquedos, reaproveitar e reciclar muitos materiais que são descartados”, disse a professora Cristiane. Ainda segundo Cristiane, uma das netas de Ivonete, Maria Luiza, aluna do terceiro ano da Escola Maria Libânia Machado, “ficou muito contente e orgulhosa com a presença de sua avó na escola, que foi aplaudida e se sentiu acolhida pela comunidade escolar”.