Audiência Pública: Moradores apresentam nova proposta para delimitações no Morro Albino
A pedido da vereadora Geovana Benedet Zanette (PSD), a Câmara Municipal de Criciúma realizou na quarta-feira (16), no salão de festas da comunidade de Morro Albino, uma Audiência Pública para discutir alteração do perímetro do bairro.
Conforme a vereadora Geovana, o objetivo é tentar devolver áreas que foram retiradas na última delimitação, realizada há alguns anos. “Vamos levar as demandas da comunidade de Morro Albino, e tentar resolver da melhor forma, reintegrando áreas antigas para a comunidade”, afirma.
Durante a audiência, moradores mostraram descontentamento com a redução do perímetro do Morro Albino e apontaram fatos importantes para que as delimitações sejam reavaliadas.
Para a moradora Juliana Darolt, filha de Jorge Darolt, o novo perímetro não agradou ninguém. “Eu acho que todo mundo conhece o meu pai, pois ele tem 82 anos. Nossas terras foram herdadas pelo meu avô há mais de 100 anos, e sempre pertencendo ao Morro Albino. Toda nossa família nasceu no Morro Albino. Quando fizeram uma Audiência Pública na região há alguns anos, a gente saiu tranquilo, pois achávamos que nossa vontade seria respeitada, mas infelizmente não foi. Fomos surpreendidos tempo depois com a notícia que não pertencíamos mais ao Morro Albino, e isso não foi justo”, revela.
Segundo o morador Arnaldo Mariot, ele acredita que na época em que se discutia as delimitações, a comunidade não foi ouvida, devido a intenção de construção do Centro de Atendimento Sócio Educativo de Criciúma, o Case. “Se o Case estivesse dentro de terreno no Morro Albino, não poderia ser construído por estar dentro da Área de Preservação Ambiental, APA”, frisou.
Após as manifestações dos moradores, sugestões foram formalizadas para a vereadora Geovana, que dará encaminhamento na solicitação da comunidade.
A proposta da comunidade, segundo o morador Luiz Carlos Darós, o Nikita, seria praticamente reintegrar a área perdida, salvos pequenas exceções.
“Falando em pontos aproximados, a intenção é que os limites fiquem na Quarta Linha, Rua Imigrante João Cechinelli próximo a família Gislon. No HG próximo ao Haras, seguindo pela José Giassi até a Rodovia Jorge Lacerda nas proximidades do terreno perto do Frigorífico Turamix no Capão Bonito, seguindo pelos fundos do CTG Pedro Raimundo até a BR 101 até as proximidades do CASE”, explica ele.
Conforme os moradores, essas limitações contemplariam as tradicionais famílias moradoras, Mariot, Dalmolin, Darolt, Guizzo, Fermo, Darós, Pavei, Rodrigues, Menegon, Rosso, Cechinel, Silva e Salvador Aguiar.