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João Rodrigues (PSD) lança sua pré-candidatura ao Governo de SC neste sábado, 22

Com exitosa experiência à frente do Executivo municipal, João Rodrigues listou algumas das iniciativas que servirão de vitrine para sua candidatura e como pretende gerir o Estado caso vença a disputa eleitoral.

Em longa entrevista concedida com exclusividade à Rede Catarinense de Notícias, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), falou sobre sua pré-candidatura ao Governo de Santa Catarina. O lançamento oficial acontece durante a Convenção Estadual do PSD, programada para este sábado, 22, no parque da Efapi, em Chapecó.

Com exitosa experiência à frente do Executivo municipal, João Rodrigues listou algumas das iniciativas que servirão de vitrine para sua candidatura e como pretende gerir o Estado caso vença a disputa eleitoral. Iniciamos hoje a publicação dos principais momentos da entrevista.

RCN: Em encontro com correligionários, o senhor lançou sua pré-candidatura ao Governo de SC alegando que o seu perfil hoje é moldado para o Executivo, embora tenha se destacado também no Legislativo.. Quais seriam essas características que o fazem mais talhado para o Executivo?? 

João Rodrigues: Primeiro, a experiência de ser prefeito por cinco mandatos é fundamental, pois é assim que você aprende. O Executivo, na minha visão, é aquilo que fiz em Chapecó ao longo desses anos. Também tive a oportunidade de ser vice-prefeito e prefeito de Pinhalzinho. O legado que você deixa é o da gestão pública, da forma como governa, distribui os recursos, e como escolhe as prioridades. Mas, mais importante ainda, é como você cuida de um Estado ou de uma cidade. Eu sou da tese de que o gestor deve se preocupar não apenas com as obras públicas, mas com o cuidado com as pessoas. O discurso precisa ser prático. Na prática, como você cuida das pessoas? É preciso ter atitude. E é isso que quero apresentar para o Estado de Santa Catarina.

RCN: Quais são as principais realizações de sua gestão que servirão de vitrine para sua candidatura?
João Rodrigues: Em Chapecó, o volume de obras que realizamos é tão grande que, hoje, temos mais obras em andamento do que a maioria dos estados — não apenas das cidades, mas dos estados. Em apenas quatro anos, conseguimos começar, concluir ou deixar muitas obras em bom andamento. Isso serve como modelo. E o mais importante: hoje temos 300 milhões de reais aplicados no banco, um valor que muitos estados não conseguem atingir. Eu vejo todas as obras de infraestrutura como modelos a serem seguidos. Em Chapecó, temos grandes exemplos, como o elevado, o contorno viário e as perimetrais, além das pavimentações que melhoraram o turismo. Recebemos o selo A de turismo, o que é uma grande conquista para uma cidade do interior.

RCN: Isso por conta do turismo de eventos?
João Rodrigues. Sim, o apelo do turismo em Chapecó é o turismo de eventos. Nos qualificamos como uma cidade referência nesse tipo de turismo e hoje somos uma das cidades de Santa Catarina que mais realiza eventos de grande porte. Temos feiras importantes, como a Mercoagro, que movimenta mais de um bilhão de reais em cinco dias, a Fetranslog, com mais de um bilhão e meio em três dias, e a EFAPI, que, em dez dias, gera 500 milhões de reais.
Além disso, estamos construindo um autódromo internacional, que vai trazer competições nacionais de automobilismo, uma nova matriz econômica para a cidade. Essas ações impactam diretamente o turismo local e regional e, com novos convênios e investimentos, estamos trabalhando para atrair ainda mais recursos. Já conseguimos captar 40 milhões de reais do Estado, o que demonstra a importância de recursos públicos e privados.

RCN: Como vê a colaboração entre o poder público e o setor produtivo?
João Rodrigues: Quando o poder público e o setor produtivo falam a mesma língua, as prioridades são alinhadas e as ações combinadas, o ganho é enorme para o estado. Não é necessário, hoje, um grande foco em novas indústrias para Santa Catarina, mas sim, em melhorar a infraestrutura para apoiar a produção existente.
Quando o governo estadual não resolve questões que afetam a economia, como a falta de infraestrutura, é obrigação do governo se envolver e buscar soluções. A responsabilidade não pode ser transferida para o governo federal o tempo todo.

RCN: Qual o maior problema de infraestrutura que Santa Catarina enfrenta atualmente?
João Rodrigues: A maior questão de infraestrutura no estado é a malha viária, especialmente em relação às rodovias federais, como a 282. Esses problemas não têm uma solução de curto prazo, então é preciso se envolver para buscar alternativas.
A solução não vem apenas de cobrar do governo federal, mas de tomar uma atitude proativa. O que eu faria? Olho para a rodovia 282 e, em vez de apenas apontar o problema, procuro apresentar soluções. Vou até o governo federal Então vamos discutir soluções. Vamos marcar uma audiência com o Presidente da República, pegar toda a bancada parlamentar de Santa Catarina, as entidades que representam a produção do Estado, vamos sentar pra discutir o governo. Não importa qual seja o governo, a figura política no mandato deve ser gestora para todos os brasileiros, independentemente do partido. O papel de um gestor público, como o meu, é discutir e buscar soluções para os problemas que afetam a minha cidade, no caso, Chapecó. Se existe um problema na 282, vamos buscar alternativas e trabalhar junto ao governo federal para resolvê-lo.

RCN: Dá para atender demandas da população sem aumentar impostos?
João Rodrigues: Acredito que a solução para isso é “inventar dinheiro”, ou seja, buscar maneiras criativas de arrecadar sem sobrecarregar a população com impostos. Por exemplo, não aumentamos o ISS, muito pelo contrário, reduzimos a alíquota de 5% para 2,5% no setor tecnológico, o que fez a receita de Chapecó mais do que dobrar em quatro anos, nesse setor. Além disso, conseguimos gerar emprego e crescimento econômico. Em janeiro e fevereiro deste ano, Chapecó foi a cidade brasileira que mais gerou empregos no comércio. Esses resultados mostram o impacto de uma gestão eficiente e criativa, sem aumentar impostos.  Além disso, nossas medidas de desburocratização e incentivo ao empreendedorismo têm resultado em investimentos de mais de R$ 15 bilhões da iniciativa privada.

RCN: O senhor mencionou a importância de uma boa gestão em Santa Catarina. O que, na sua opinião, precisa melhorar no estado?
João Rodrigues: Santa Catarina é um estado com bons indicadores socioeconômicos, isso é inegável. O estado tem uma cultura forte, uma população trabalhadora e uma infraestrutura muito boa, o que torna a vida aqui mais interessante, já que temos tanto a praia quanto as montanhas no mesmo lugar. No entanto, para que o estado continue se destacando, é preciso olhar para as áreas que ainda necessitam de melhorias, como a logística e a mobilidade.
O governo tem que ter uma visão clara de futuro, ter projetos bem estruturados e uma administração focada. O que não pode acontecer é o governo ter grandes recursos em caixa, mas não ter projetos em andamento. Um estado que tem 15 bilhões de reais em conta, mas sem obras em campo, está com um péssimo planejamento. O que realmente importa é transformar esses recursos em ações concretas.
Portanto, uma das prioridades para Santa Catarina é resolver as questões de infraestrutura, especialmente no que diz respeito às rodovias estaduais e federais. O governo precisa trabalhar em parceria com a iniciativa privada e com o governo federal para melhorar essa área e garantir a continuidade do crescimento do estado.

 Nas próximas postagens, João Rodrigues aborda questões e Educação, Saúde, Segurança, além das expectativas para o ato de lançamento da pré-candidatura  

Saiba mais sobre João Rodrigues

Nasceu em 23 de março de 1967, em São Valentim/RS. É casado com Fabiana Paula Matte Rodrigues e pai de Caroline e Maria Paula. Aos 15 anos de idade, mudou-se para Fortaleza/CE, onde ingressou no Corpo de Agregados da Marinha do Brasil, posteriormente, foi aprovado no concurso do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, passou a residir em Natal/RN e em Duque de Caxias/RJ. 
Iniciou a carreira de radialista estagiando na Rádio Bandeirantes, no Rio de Janeiro/RJ. Foi radialista na Rádio Centro Oeste, em Pinhalzinho/SC, e apresentador de televisão no Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), em Chapecó/SC.

Venceu todas as eleições que disputou. Foi vice-prefeito e prefeito de Pinhalzinho, deputado estadual e deputado federal por dois mandatos, sendo que em 2014 fez a segunda maior votação para a Câmara Federal, com 221 mil votos.

Integrou várias comissões tanto na Assembleia Legislativa, quanto no Congresso Nacional.
Assumiu três vezes o cargo de Secretário da Agricultura e uma vez o de Secretário da Agricultura e Pesca de Santa Catarina. É o primeiro prefeito de Chapecó a ser eleito para quatro mandatos, sendo o atual com mais de 83% dos votos.

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