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Padre chama executivo de inoperante e vereadores de vadios, mas prefeito e presidente rebatem

Declarações do pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, José Aires de Souza Pereira, nas redes sociais, foi o assunto mais comentado da semana em Maracajá.

Em vídeos e áudios, o padre reclama da falta de água no município, afirma que há muito tempo Maracajá convive com esse problema e nada é resolvido. Em um dos áudios diz que vereadores são vadios: “político adora conversar, político adora microfone, pra falar que temos um projeto, mas tem nada, são uns vadios, não querem trabalhar, só querem ganhar”, em outro áudio acusa o poder executivo municipal de inoperante.

Para o prefeito de Maracajá Anibal Brambila, o padre tem razão quando diz que existem problemas de falta de água no município, mas discorda que o executivo seja inoperante.

“Estamos desde o primeiro mandato trabalhando para que isso seja resolvido. Aliás, o prefeito anterior também tentou resolver, mas é mais complexo do que se imagina”, relatou o prefeito.
Conforme ele, prova disso é a reunião realizada no final de janeiro com o Diretor de Operações e Expansão da Casan, Pedro Joel Horstmann. “O diretor nos deu informações de obras que estão em andamento, como o reservatório de 500m³ que já entrou em funcionamento no centro. Outra obra importante, mas que requer tempo, é da nova adutora Dn250 de Água tratada, que iniciou em dezembro de 2024, sendo que a tubulação terá 14 km de extensão entre o Centro da cidade e o ponto de interligação com a Adutora já existente no município de Forquilhinha. Os trabalhos de assentamento da tubulação iniciaram pelas ruas 107, 122 e Pedro Rocha, na região Central. A previsão é de que as obras sejam concluídas este ano. Pois esta tubulação que vem de Forquilhinha é antiga e passa por baixo do asfalto em alguns pontos, e com tráfego de caminhões pesados e a pressão, acabam danificando, como ocorreu na semana passada”, revela o prefeito.

O vice-prefeito Rudi Dassoler, explicou que a falta de água em alguns locais iniciou na quinta-feira, outras na sexta e no domingo a tarde o problema tinha sido resolvido, mas como alguns lugares mais alto a água precisa de mais pressão, demorou um pouco mais para o abastecimento normalizar.

Ainda conforme ele, a demora se deu porque o vazamento estava em baixo de uma ponte e a água acabava vazando para o rio, o que acabou dificultando a localização do local. “Acreditamos que com a substituição das adutoras que está em andamento, esses problemas tendem a reduzir bastante. Mas o que está parecendo é que algumas pessoas estão instigando outras a falarem aquilo que não sabem”, disse Rudi.

Para o prefeito, foi uma falta de respeito do padre chamar o executivo de inoperante e vereadores de vadios’. “Eu acho que faltou um pouco de conhecimento da situação e de respeito com as pessoas que estão tentando resolver os problemas. As pessoas que estão no executivo e no legislativo foram eleitas pela maioria da população porque acreditam no trabalho delas. As portas da prefeitura estão sempre abertas para quem quiser saber sobre os trabalhos da prefeitura. Ele poderia se informar de como as coisas estão sendo encaminhadas. O padre precisa se preocupar também em cuidar dos fieis e da igreja, pois acredito que influências políticas estão influenciando nesse caso. Até porque alguns políticos que estão nas redes sociais reclamando hoje, são os mesmos que estavam em outras legislaturas participando do processo, sabendo do problema e como está sendo resolvido.

Conforme o Presidente da Câmara de Vereadores Daniel Mendonça, desde o primeiro dia em que os vereadores assumiram, estão buscando soluções para o problema, e falta de respeito não deve ser tolerado. “Acredito que o padre não saiba o que está acontecendo e nem como os vereadores estão trabalhando. Este é um problema de anos atrás e também somos moradores da cidade e sofremos com esses problemas. Agora chamar os vereadores de vadios é uma fala que não podemos aceitar, ele foi muito infeliz em sua colocação. Estamos desde que assumimos trabalhando em busca de soluções. Em janeiro fomos até Florianópolis e discutimos sobre obras e melhorias que inclusive já foram iniciadas. Essa tubulação que trás água para Maracajá vem de Forquilhinha e é uma tubulação antiga, de antes da construção da Jacob Westrup. Com a pavimentação desse acesso, o asfalto acabou passando por cima das tubulações em alguns pontos e com os caminhões pesados e a pressão da água, acaba rompendo como aconteceu. E essa obra de substituição por uma tubulação nova já iniciou, mas requer um tempo por ser uma obra complexa, mas que se resolverá este ano, segundo a direção da Casan”, afirma o presidente da Câmara de Vereadores.

Ainda sobre a fala do padre chamando os vereadores de vadios, Daniel diz acreditar ser mais fácil o padre cuidar da igreja e dos fieis do que opinar sobre o que não sabe de fato. “Fui membro da CAEP da Vila Beatriz por três anos, até final do ano passado, e sei das dificuldades que a igreja católica de Maracajá está passando com a redução fieis”, conclui.

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