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Secretaria da Saúde alerta para o crescimento de mortes no trânsito catarinense

A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina acende o sinal de alerta durante o Maio Amarelo, revelando aumento da letalidade no trânsito, com foco em motociclistas

O trânsito seguro é um direito de todos. Neste Maio Amarelo, campanha internacional dedicada à conscientização e à redução da violência viária, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) acende o sinal vermelho sobre um índice alarmante: o aumento da letalidade nas estradas catarinenses. Por conta disso, está sendo disponibilizado o infográfico ‘Acidentes de Transporte Terrestre: A realidade nas estradas’. Com o tema ‘Desacelere. Seu bem maior é a vida’, a iniciativa destaca a responsabilidade coletiva de transformar comportamentos e salvar vidas.

Dados dos Sistemas de Informação da SES, referentes ao período de 2020 a 2024, revelam uma tendência preocupante, especialmente entre motociclistas, o grupo mais vulnerável. Apesar de avanços na resposta hospitalar e de uma leve redução nas internações no início de 2025, os números consolidados ao longo dos últimos cinco anos evidenciam que o trânsito catarinense está mais letal.

“O aumento da gravidade dos sinistros indica a necessidade de fortalecer a prevenção, desde ações de fiscalização e educação até a resposta pré-hospitalar qualificada. O grupo mais afetado é formado pelos motociclistas. Eles são, em sua maioria, homens, jovens e com vidas inteiras pela frente. O Maio Amarelo é mais do que uma campanha, é uma chamada para a consciência coletiva. Reduzir a velocidade, usar equipamentos de segurança e respeitar as leis de trânsito são atitudes que salvam vidas ”, destaca Adriana Elias, chefe de Divisão de Vigilância do Tabagismo e da Violência no Trânsito, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da SES/SC.

Ainda de acordo com o levantamento, as internações hospitalares por sinistros de trânsito como um todo cresceram 31,6% no mesmo intervalo, passando de 6.532 casos em 2020 para 8.594 em 2024.

Nesse período, os óbitos aumentaram 11,6%, saltando de 1.356 para 1.513. No ano passado, apenas os motociclistas representaram mais de 35% dessas mortes, com 534 vítimas fatais.

Regiões críticas e rodovias de risco

As regiões da Grande Florianópolis, Nordeste e Médio Vale do Itajaí concentram historicamente taxas de mortalidade superiores à média estadual. A capital lidera o ranking de acidentes em áreas urbanas, com mais de 20 mil ocorrências em 2024. Já nas rodovias, as BR-101, BR-470 e BR-282 figuram entre as rotas com maior concentração de sinistros fatais, especialmente em acidentes envolvendo motos.

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