Com a chegada das festas de final de ano a demanda pelas compras online aumentaram e com isso mais pessoas ficaram suscetíveis a cair em golpes. Recentemente, com a Black Friday, pudemos observar o número expressivo de empresas fantasmas, em que muitas pessoas foram ludibriadas e prejudicadas. Segundo o professor e mestre em sistemas computacionais Fábio Ângelo, do curso Sistemas de Informação da UniSul, as ações mais comuns durante datas importantes para o comércio como o Natal são: a criação de páginas falsas, que simulam e-commerce, promoções fraudulentas e perfis falsos em redes sociais.
Sabe-se que com a proximidade do Natal aumentam as expectativas de vendas para o comércio. Afinal, é a data mais importante do ano para os empresários. De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, divulgada no último dia 13 de novembro, as compras online seguirão em alta. Segundo o estudo, aproximadamente 123,7 milhões de pessoas devem ir às compras de presentes de Natal e 45% dos consumidores, optarão pelo e-commerce.
De acordo com o levantamento feito pela desenvolvedora de soluções em cibersegurança global Check Point Research, nos últimos três meses desse ano (setembro, outubro e novembro), a quantidade de sites fraudulentos cresceu 178% na comparação com os meses anteriores desde o início de 2021. O estudo mostra que mais de 5 mil portais de e-commerce maliciosos estão sendo detectados por semana, marcando o maior número desde o início de 2021. Os golpistas também aproveitam a data para enviar por e-mail ofertas falsas, prometendo descontos exorbitantes e incomuns ao que é praticado no mercado.
Para auxiliar o consumidor a evitar prejuízos, e não cair em armadilhas digitais, o professor da UniSul Fábio Ângelo dá as seguintes dicas:
Fique atento aos links de ofertas que chegam por email, pois muitas vezes levam para sites que são “semelhantes” ao da empresa real.
Nos links fraudulentos, o objetivo é obter dados do cartão de crédito, então usar cartões virtuais pode ajudar no cancelamento em caso de confirmação da fraude.
Evite pagamento por transferência bancária ou pix, pois será difícil conseguir o ressarcimento.
Concentrar as compras (especialmente de maior valor) em empresas reconhecidas no mercado.
Manter o antivírus atualizado, ajuda na detecção de operações suspeitas.
Verificar a idoneidade da loja em sites de referência como Procon, Reclame Aqui.
O site deve oferecer conexão segura (criptografia), onde a maioria dos navegadores já alertam.
Geralmente preços muito baixos escondem operações fraudulentas, mesmo imaginando termos vantagens nesta época, não existe milagre.
Ausência de canais para atendimento ao cliente, como chats e telefones
Observe as regras para devolução e garantia do produto.
Caiu no golpe. E agora?
Guarde todas as comunicações feitas com a empresa para obter as informações da compra.
Registrar a operação de compra fraudulenta nos sites de defesa do consumidor.
Comunicar imediatamente a operadora do cartão de crédito para efetuar o bloqueio do pagamento.
O cliente deverá preencher junto ao banco um formulário com o desacordo comercial. As informações dos contatos e detalhes da compra serão solicitadas neste documento.
O ressarcimento pode demorar cerca de 30 dias, podendo chegar a 90, após a confirmação da operação fraudulenta.