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Nutricionista alerta para o consumo excessivo de chocolates na Páscoa

Cristiane: “Importante limitar a quantidade de chocolates”

Com a proximidade da Páscoa, aumenta a oferta de doces e principalmente ovos de chocolates, nos supermercados e lojas de departamentos em todo o país. Diante deste cenário é comum que as crianças se sintam ansiosas a espera de seus presentes, dos padrinhos, avós e também dos pais.

Segundo a nutricionista, Mestre e Doutora em Ciência dos Alimentos Cristiane Copetti, é importante que os pais coordenem um bom diálogo com seus filhos, para evitar que haja um consumo em demasia. Conforme Cristiane, é preciso conversar com a criança e explicar o que a Páscoa representa, qual o verdadeiro significado, e não deixar que apenas o chocolate seja evidenciado.

“É preciso envolver a criança no processo da tradição e costumes das festividades pascais, por exemplo. Quando ela passa a compreender isso, ela aumenta a sua percepção com relação a esta data. Por fim, e não menos importante limitar a quantidade e consumo dos chocolates, é uma tarefa dos pais, e não deve ser algo de livre demanda decidido pela criança”, frisa ela.

Outra dúvida muito comum entre as famílias nessa época do ano, é qual chocolate não prejudica a saúde. Cristiane esclarece que, menos prejudicial para tanto para crianças, quanto adultos e idosos, é o amargo acima de 70%, mais cacau e menos açúcar. No entanto, podemos sim consumir os demais, em quantidades equilibradas e no caso das crianças, evitar as opções de chocolates coloridos, devido ao uso de corantes que são prejudiciais à saúde.

Uma questão, levantada pela nutricionista e que requer atenção, é pelo fato de que os pais costumam relatar certa agitação dos filhos após o consumo de chocolate. Mas, porque isso acontece?

Conforme a nutricionista, o chocolate comum é um alimento rico em açúcar. E o açúcar, por sua vez, é um composto super estimulante, bebidas energéticas por exemplo, tem como sua base o açúcar. “A agitação sentida após o consumo de doces pode não ser só pelo efeito energético do açúcar em si, mas pelo efeito que o açúcar tem no sistema nervoso central. O consumo excessivo de alimentos doces por crianças pequenas pode levar a uma hiperativação do sistema límbico, mesmo horas após o consumo de doces. Inclusive, existe hoje uma linha de pesquisa que investiga se crianças que consomem muito açúcar têm mais chance de desenvolver TDAH”, frisa ela.
Neste caso, Cristiane orienta aos pais, que não devem se preocupar somente com o horário em que esse doce será oferecido, mas muito mais com a frequência e com a relação que a criança tem com ele.

A magia da Páscoa e todo o seu folclore pode e deve ser vivenciado pela família de forma saudável e mantendo uma alimentação equilibrada. “A infância é um excelente período para cultivar bons hábitos e conhecimentos sobre a origem dos alimentos e entender a importância deles em nossas vidas, vendo o alimento como fonte de saúde, a chamada consciência alimentar, sólida e duradoura, que certamente vai reduzir a exposição desta criança a doenças metabólicas como a obesidade”, conclui a nutricionista.

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