PM aborda situações críticas e atiradores ativos em palestra no Shopping Della
“Em primeiro lugar, fuja. Em segundo, se esconda. Caso você não consiga correr nem se esconder, lute. O importante é manter-se vivo”. Foram essas as orientações repassadas pelo capitão da Polícia Militar de Criciúma, Giovanni Fagundes dos Santos, na noite dessa segunda-feira, 30 de maio, a um grupo de lojistas, equipe e convidados do Shopping Della. Durante o encontro, que ocorreu no empreendimento, dezenas de pessoas assistiram a uma palestra sobre ataques de atiradores ativos que, embora não sejam muito comuns no Brasil, trazem preocupação e apreensão.
Durante o evento, o capitão relembrou casos que chocaram o país e o mundo. Ataques emblemáticos, como o de Realengo, no Rio de Janeiro, e de Suzano, em São Paulo, que desafiaram não apenas a polícia, mas toda a sociedade. “São eventos diferentes, que possuem algumas características em comum. Na maioria das vezes, os atiradores usam arma de fogo, são homens e não possuem um padrão definido para seleção das vítimas. Eles têm interesse apenas em matar”, diz o capitão, ao evidenciar: “entre as principais motivações estão as religiosas, étnicas e sexuais, a instabilidade emocional, bullying, algum vínculo com o local do ataque. Em muitos casos a pessoa apresenta mudança de comportamento e, posterior ao ataque, um comportamento suicida”, evidencia ele.
A ideia, de acordo com o superintendente do Shopping, Luís Rodrigues, era a de repassar orientações para que os lojistas estejam preparados e saibam como reagir em situações de tamanha criticidade. “A segurança dos clientes e lojistas é um dos pilares do nosso empreendimento. Por isso realizamos um trabalho constante de treinamento das equipes, acompanhamos ocorrências de segurança em negócios do nosso segmento, assim como monitoramos suspeitos, tendo o suporte das forças de segurança e ordem”, enfatiza.
Entre os presentes estava a assistente administrativa da Casan, Lutiane Antunes. Assistindo à palestra com atenção, interagindo e contando experiências, ela aprovou a iniciativa da administração do empreendimento. “São informações que a gente leva para a vida. Nunca sabemos se vamos ou quando seremos abordados. Por isso a importância de estarmos preparados o máximo possível. Em casa, no trabalho, na rua, todos nós ficamos vulneráveis, e tendo o mínimo conhecimento do que fazer e de como agir, as nossas chances são muito maiores”, enfatiza.
