Política
Câmara de Forquilhinha encaminha Moção de Repúdio contra possível transferência da 3ª Vara do Trabalho
A possível transferência da 3ª Vara do Trabalho de Criciúma para o município de Itapema gerou uma Moção de Repúdio na Câmara de Forquilhinha. O documento aprovado pelos vereadores nesta segunda-feira, dia 6, será encaminhado ao Poder Judiciário ressaltando a importância da referida vara para toda a região sul de Santa Catarina.
Na avaliação dos vereadores, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) precisa levar em consideração a realidade histórica da região, e não somente a demanda dos últimos três anos, sendo que dois deles foram prejudicados pela pandemia. Para reforçar o pedido, o documento apresenta dados sobre a distribuição dos processos coletivos nos últimos cinco anos. No relatório dos processos coletivos que foram distribuídos em Criciúma de 2017 até o dia 10 de maio de 2022, somam-se 458 ações, sendo 159 civis coletivas, 142 civis públicas e 57 de cumprimento. Na comarca de Balneário Camboriú, que atende Itapema, foram 78 ações, sendo 14 civis coletivas, 34 civis públicas e 30 de cumprimento no mesmo período. O presidente da Comissão do Advogado Trabalhista da OAB de Criciúma, Rodrigo Custódio Medeiros, e o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário Federal no Estado de Santa Catarina (Sintrajusc), Miguel Napoli, acompanharam a aprovação da Moção de Repúdio. Eles agradeceram os vereadores salientando a importância dos apoios para manter a 3ª Vara do Trabalho.
“Acreditamos que toda a mobilização da região está contribuindo na permanência da vara em Criciúma. Os desembargadores do Tribunal vão decidir sobre a mudança com votação no pleno, sem data definida para acontecer”, comenta Medeiros. “Precisamos fortalecer a estrutura existente, pois a remoção sobrecarrega os funcionários que ficam e provoca um desequilíbrio no andamento dos trabalhos”, acrescenta Napoli. O presidente do Legislativo de Forquilhinha justifica o encaminhamento da moção. “A retirada da 3ª Vara beneficia aquele empresário que não paga em dia, e traz um prejuízo ainda maior aos trabalhadores prejudicados com a lentidão no andamento dos processos. Esperamos que o TRT, por meio dos seus desembargadores, se sensibilize com a reivindicação da nossa região”, conclui Célio Elias.