Com a aproximação do feriado do dia 2 de novembro, Dia de Finados, data importante para algumas religiões, principalmente para os católicos, que procuram prestar homenagem a todos os entes queridos que já morreram, as pessoas devem ficar atentas.
Esta é uma data onde o movimento nos cemitérios é intenso, pois muitas pessoas costumam levar flores e fazer orações nos túmulos de familiares ou amigos que já partiram.
Uma das preocupações, segundo a Coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses e do Programa de Combate a Dengue de Criciúma, Simone Cristina da Cruz, é com os vasos de flores. “Infelizmente, em Criciúma ainda não existe uma lei proíba a colocação de vasos de flores com água ou aqueles pratos sob os vasos e até as embalagens que envolvem os vasos, que podem acumular água, nos cemitérios. Temos exemplos de outros municípios, que a lei já existe e é muito importante no combate a Dengue”, explica.
Conforme Simone, um dos problemas é que o vaso com o recipiente ou com embalagem plástica, quando exposto a chuva, acaba se tornando um lugar propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e Zika. “Outro problema é quando o vaso com água é colocado dentro das capelas, onde a vigilância epidemiológica não tem acesso. Precisamos ter consciência que o assunto é sério, para que possamos seguir as recomendações e manter nossa cidade segura”, frisa Simone.
Ainda segundo ela, em Criciúma este ano ja foram registrados 37 focos do mosquito Aedes aegypti, sendo o último no final de julho, no Bairro Liberdade. “Apesar de um intervalo muito bom sem focos, não podemos esquecer que temos cidades vizinhas que registraram mais de 70 focos este ano, e por isso temos que ficar alerta”, afirma.
Simone conta que uma equipe estará visitando alguns cemitérios de Criciúma, para levar as orientações sobre os cuidados. “Vamos conversar com as pessoas e explicar que hoje existem muitas flores artificiais que servem para deixar o ambiente bonito para os entes queridos que já se foram. Não podemos colocar em risco a vida das pessoas, e a prevenção ainda é a melhor alternativa para evitar que a dengue chegue em nossa região”, conclui Simone.
Dengue
A dengue é a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, principalmente no Brasil. É uma doença febril que tem se mostrado de grande importância em saúde pública nos últimos anos. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. O período do ano com maior transmissão da doença ocorre nos meses mais chuvosos de cada região, geralmente de novembro a maio. O acúmulo de água parada contribui para a proliferação do mosquito e, consequentemente, maior disseminação da doença. É importante evitar água parada, todos os dias, porque os ovos do mosquito podem sobreviver por um ano no ambiente.