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Audiência Pública irá discutir alteração do perímetro da comunidade de Morro Albino

A pedido da vereadora Geovana Benedet Zanette (PSD), a Câmara Municipal de Criciúma irá realizar uma Audiência Pública para discutir alteração do perímetro do bairro Morro Albino.
Conforme a vereadora Geovana, moradores do Morro Albino procuraram ela e questionaram se era possível fazer as adequações dos limites da comunidade.


“Os moradores do Morro Albino me procuraram porque não concordam como foi delimitado os limites da comunidade. Para se ter uma ideia, uma das principais ruas da comunidade foi dividida, como a Rota do Imigrante. Ficando de um lado Morro Albino e do outro Quarta Linha, sendo que muitos nasceram e cresceram na comunidade de Morro Albino e pretendem continuar pertencendo a esta comunidade”, explica a vereadora.
Para Valdemir Menegon, o Neco, que nasceu no Morro Albino e que hoje com as novas delimitações passou a morar no bairro Quarta Linha, não concorda com a redução do Morro Albino. “Morro Albino hoje se reduziu apenas a umas seis famílias. Sumiram com a nossa comunidade e os moradores não concordam”, afirma Neco.
Conforme um dos moradores que restaram no Morro Albino, Luiz Carlos Darós, o Nikita, muitas alterações foram equivocadas. “Acredito que os erros foram cometidos sem intenção, o vereador que na época trabalhou para as delimitações, fez sem conhecer a região. Famílias tradicionais que nasceram no Morro Albino, tem histórias e não querem perder isso. Nosso bairro foi muito reduzido, prejudicando e modificando nossa história”, frisa Nikita.
Para o morador do Morro Albino, a ideia é voltar as delimitações antigas ou o mais próximo possível, porque se permanecer desta forma, Morro Albino praticamente deixa de existir.
“É inadmissível o limite ficar na Rota do Imigrante. Para quem conhece nossa comunidade, para ter uma ideia, de um lado da Rota do Imigrante onde está a igreja e salão de festas, continua pertencendo ao Morro Albino. Já do outro lado da rua agora pertence ao bairro Quarta Linha. Antes o limite com a Quarta Linha era nas proximidades da família Gislon, na Rua Imigrante João Cechinelli, bem distante de onde é hoje. E o limite com a comunidade do HG, era nas proximidades do Haras HG”, reclama Nikita, alegando a o Morro Albino perdeu território para o Verdinho também.
Ainda conforme ele, isso não é questão simples porque envolve sentimentos das famílias antigas que ajudaram a colonizar a região, pois foi através do Morro Albino que a região começou a se desenvolver.
“Amamos as comunidades que nos cercam, como a Quarta Linha, Verdinho e HG. Pois fomos criados aqui nesta região. Mas gostamos de pertencer ao Morro Albino, pois essa comunidade contribuiu muito com o desenvolvimento da região. E quando demos conta do que aconteceu, ficamos com um sentimento de perda muito grande. Para algumas pessoas até pode parecer que não, mas para as famílias que pertencem a essa comunidade, morar no Morro Albino, representa muito. Por isso os moradores do Morro Albino pediram ajuda da vereadora Geovana Benedet Zanete, na tentativa de reverter e nos devolverem o que foi nos tirado”, conclui Nikita.
Ainda segundo a vereadora Geovana, o desejo da comunidade precisa prevalecer. “Vou fazer o possível para que a vontade das famílias seja atendida, e o primeiro passo é essa audiência pública da próxima semana, para que os moradores possam ser ouvidos” diz a vereadora.
Audiência Pública está marcada para a próxima quarta-feira, dia 16 de outubro, às 19 horas, no Salão da Igreja Católica do Bairro Morro Albino.

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