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Estudante da Unesc inicia doutorado sanduíche nos Estados Unidos e fortalece pesquisa em epigenética

Ellen de Pieri embarca nesta terça-feira (5/11) e ficará pelo período de seis meses atuando em hospital nos Estados Unidos

Em busca de aprimoramento acadêmico e vivências culturais, a estudante Ellen de Pieri, do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS) da Unesc, embarca nesta terça-feira (5/11) para os Estados Unidos. Ellen irá realizar parte de seu doutorado no prestigiado Hospital Albert Einstein, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, onde permanecerá por seis meses, integrando um projeto de pesquisa de ponta e ampliando seus conhecimentos em cultura celular.

A experiência, conhecida como doutorado sanduíche, permite que pós-graduandos expandam seus horizontes acadêmicos, colaborem com pesquisadores renomados e adquiram vivências em ambientes de pesquisa internacionais. 

Ellen destacou que essa oportunidade é resultado de uma parceria entre a Unesc e profissionais de referência em epigenética. Seu projeto visa a aplicação de um peptídeo desenvolvido durante o mestrado na Unesc, que possui propriedades anti-inflamatórias, em uma cultura celular 3D no laboratório norte-americano. 

Esse peptídeo desenvolvido é uma pequena cadeia de aminoácidos projetada para atuar no combate a inflamações, promovendo uma ação anti-inflamatória específica. Agora, durante o doutorado sanduíche, Ellen irá aplicar esse peptídeo em uma cultura celular 3D — uma técnica avançada que permite a criação de estruturas celulares mais próximas da realidade dos tecidos humanos.

“Como eu era responsável pela parte de cultura celular aqui, quis aprimorar meus conhecimentos, o que levou ao fechamento dessa parceria. Agora, avaliaremos os parâmetros epigenéticos na cultura 3D deles com o peptídeo que desenvolvi”, explicou a pesquisadora.

Ainda conforme ela, a ênfase da pesquisa está em observar como o peptídeo influencia as marcas epigenéticas nas células. “A epigenética estuda as modificações químicas que podem ocorrer no DNA ou nas proteínas associadas a ele, afetando a expressão dos genes sem alterar a sequência genética em si. Essas ‘marcas epigenéticas’ desempenham um papel crucial na regulação de processos biológicos e podem estar associadas a diversas doenças, incluindo inflamações crônicas e doenças degenerativas”, acrescenta.

A coordenadora do Escritório de Relações Internacionais da Unesc, Vanessa Moraes de Andrade, ressalta a importância de experiências como essa para o desenvolvimento profissional e pessoal dos estudantes. “Participar de um intercâmbio em um país de língua estrangeira impulsiona o aprendizado do idioma de forma natural e imersiva. Além disso, essa vivência amplia a visão de mundo ao proporcionar contato com diferentes culturas e costumes, desenvolvendo tolerância, respeito à diversidade e capacidade de adaptação a novos contextos,” afirma Vanessa.

Segundo a coordenadora, o intercâmbio também proporciona acesso a metodologias de ensino e aprendizado que enriquecem a formação do estudante, preparando-o para atuar em um cenário colaborativo. “O contato com pessoas de diversas origens aprimora habilidades essenciais como comunicação, trabalho em equipe, resolução de problemas e adaptabilidade, que são fundamentais para o sucesso profissional e pessoal,” acrescenta.

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