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AJE Criciúma promove Feirão do Imposto no estádio Heriberto Hülse

Ação acontecerá na segunda-feira, 26, antecedendo a partida do Tigre contra o Coritiba, com chope sem imposto e música ao vivo

Nem sempre a conta que chega à mesa do consumidor conta toda a história. Por trás de um simples copo de chope, por exemplo, pode estar escondida uma carga tributária que consome quase metade do valor. 

Para tornar visível aquilo que normalmente passa despercebido, a Associação de Jovens Empreendedores de Criciúma (AJE Criciúma), um dos núcleos da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), realiza mais uma edição local do Feirão do Imposto, iniciativa nacional de conscientização sobre os tributos pagos no Brasil.

Em Criciúma, a ação acontecerá no Estádio Heriberto Hülse, na próxima segunda-feira, 26, a partir das 17h30 — pouco antes do jogo entre Criciúma e Coritiba, pela Série B do Brasileirão. O evento contará com chope sem imposto, banda de pagode ao vivo e momentos de conversa sobre os rumos da Reforma Tributária no país.

Tributo no copo: um convite à consciência

Com linguagem simples e prática, a proposta do Feirão do Imposto é chamar a atenção da sociedade para o impacto da carga tributária no dia a dia. A campanha acontece simultaneamente em diversas cidades do país e tem como foco o consumidor, mas também empresários, empreendedores e formadores de opinião.

“É muito comum que as pessoas não saibam o quanto de imposto pagam em cada produto ou serviço. E quando essa informação não é clara, perdemos também o poder de questionar e exigir retorno”, destaca a presidente da AJE Criciúma, Débora Sant’Ana.

Ela ressalta que o objetivo da ação é abrir espaço para o debate. “O Feirão do Imposto não é contra a existência de tributos, mas contra a forma como eles são aplicados e comunicados no Brasil. Precisamos de mais clareza no sistema”, acrescenta.

Reforma Tributária: o que muda para quem consome e empreende

A ação deste ano também chama atenção para a Reforma Tributária, aprovada pelo Congresso e em fase de regulamentação. A proposta busca simplificar o atual sistema, substituindo diversos tributos (como ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI) por apenas três:

CBS – Contribuição sobre Bens e Serviços

IBS – Imposto sobre Bens e Serviços

IS – Imposto Seletivo (para produtos nocivos, como cigarros e bebidas alcoólicas)

A implementação será gradual, com início em 2026 e conclusão em 2033. Um dos principais impactos será para o consumidor final, que passará a ver o valor exato dos impostos discriminado na nota fiscal, o que hoje nem sempre ocorre de forma transparente.

Para quem empreende, a promessa é de menos burocracia, mais previsibilidade e maior competitividade. “Empreender no Brasil é um grande desafio, principalmente para os pequenos negócios. A reforma pode ser um passo importante, desde que venha acompanhada de informação e diálogo com quem está na ponta”, reforça Débora.

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