
Família Acolhedora: nova política de proteção à infância e adolescência será lançada em Criciúma

Serviço será apresentado nesta quinta-feira (17), às 10 horas, no Salão Ouro Negro do Paço Municipal Marcos Rovaris
Toda criança e adolescente merece crescer cercado de cuidado, dignidade e afeto. Com esse compromisso, o Governo de Criciúma, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, apresenta, nesta quinta-feira (17), às 10 horas, no Salão Ouro Negro do Paço Municipal Marcos Rovaris, o serviço Família Acolhedora. A cerimônia é aberta ao público e marcará o início oficial no município, com explicações sobre o funcionamento, os requisitos para inscrição e o papel das famílias acolhedoras.
Com a iniciativa, será possível oferecer acolhimento temporário para crianças e adolescentes afastados da família de origem por decisão judicial em razão de situações de risco, como negligência, abandono ou violência. Ao invés do encaminhamento para um abrigo institucional, o serviço propõe a inserção dos acolhidos em lares provisórios, com atenção individualizada, afeto e estabilidade emocional durante o período necessário.
Para o prefeito de Criciúma, Vagner Espindola, o serviço Família Acolhedora representa uma das ações mais significativas da Gestão Municipal. “Criança precisa de colo, presença e vínculo afetivo. Ao proporcionar um lar provisório com estrutura e carinho, estamos resgatando a dignidade de quem mais precisa. Esse é o nosso compromisso com a infância e com o futuro de Criciúma”, afirma.
O vice-prefeito Salésio Lima destaca o caráter solidário da proposta. “Mais do que um serviço social, é um ato de empatia. Queremos que cada criança acolhida se sinta protegida, valorizada e respeitada”, pontua.
Como funciona o Família Acolhedora
A secretária municipal de Assistência Social, Dudi Sônego, explica que o serviço organiza o acolhimento de crianças e adolescentes por meio de famílias previamente cadastradas, capacitadas e acompanhadas por uma equipe técnica da Secretaria.
“O acolhimento acontece quando há uma decisão judicial que determina o afastamento da criança da família de origem e a guarda provisória é concedida à família acolhedora. É importante destacar que esse serviço não se confunde com adoção. A proposta é oferecer um lar temporário, com cuidado individualizado, carinho e segurança durante o período necessário”, ressalta a secretária.
Segundo Dudi, durante o acolhimento, a família recebe um subsídio mensal equivalente a um salário mínimo por criança e/ou adolescente, além de acompanhamento psicossocial. “Esse valor não é uma remuneração e, sim, uma forma de garantir as condições adequadas para o cuidado. Sempre que possível, buscamos manter irmãos juntos no mesmo lar, preservando vínculos familiares. O acolhimento se encerra com o retorno à família de origem ou com o encaminhamento à adoção, conforme avaliação técnica e decisão judicial”, completa.
Quem pode participar e como se inscrever
Para se candidatar ao serviço, as pessoas ou famílias devem atender alguns critérios. Além disso, o processo de credenciamento inclui análise documental, entrevista psicossocial, visita domiciliar e participação em capacitação – realizada em grupos de até 15 famílias por etapa.
Inclusive, as inscrições já estão abertas e ocorrem por tempo indeterminado. Elas podem ser feitas presencialmente na Secretaria Municipal de Assistência Social (Rua Domênico Sônego, nº 542, Bairro Santa Bárbara), de segunda a sexta-feira, das 8 às 11h30 e das 13h30 às 17 horas. Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone (48) 3431-0200. Confira abaixo os critérios necessários:
*Ter mais de 21 anos;
*Residir em Criciúma;
*Apresentar estabilidade emocional e financeira;
*Ter disponibilidade de tempo;
*Não estar inscrito no Cadastro Nacional de Adoção;
*Não apresentar histórico de violência ou dependência química;
*Obter a concordância de todos os membros da família maiores de 18 anos.
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