Cresce a procura por aulas on-line de exercícios físicos e trabalho de personal

Já é mais do que sabido que o exercício melhora a imunidade e ajuda a prevenir doenças. Este justamente foi um dos principais desafios para os profissionais de diferentes atividades físicas quando estourou a pandemia de Covid-19 e o isolamento se tornou obrigatório. Com as aulas presenciais suspensas, a tecnologia virou a principal aliada para manter o contato com os alunos, apesar do distanciamento. “Os profissionais que já atuavam de forma on-line conseguiram manter as suas atividades sem sofrer tanto impacto, mas a grande maioria precisou se adaptar a esta nova forma de ensino. E o que era para ser paliativo acabou virando tendência”, explica o personal fight Sérgio Raulino, criador do Método Kitsune de AutoDefesa.

Mas como é possível dar uma aula de defesa pessoal sem o contato físico? De acordo com Sérgio, são realizados diferentes exercícios funcionais para trabalhar a parte cárdio, além das técnicas dos golpes das artes marciais. “É uma aula que exige bastante e engana-se quem pensa que por ser on-line não precisa de empenho do aluno”, garante.

O personal trainer Luciano Castilhos, que já fazia atendimentos on-line antes da pandemia, também viu crescer a procura por aulas remotas. Alguns, inclusive, já se acostumaram e preferem em relação ao presencial, principalmente entre o público da terceira idade. “Esta tendência já estava se desenhando, mas no último ano acelerou bastante. Dependendo da atividade, a intensidade do exercício pode se equiparar ao presencial”, afirma Luciano. “Cabe ao aluno fazer o seu melhor, apesar de estar em casa, e ao professor o desafio de manter o ritmo da aula, mesmo a distância”, complementa.

A procura maior, no entanto, ainda é pelo trabalho presencial de personal. Sérgio ministra as aulas personalizadas no Estúdio Pulse ou na residência do aluno, com encontros de 1h. Neste caso, são feitos exercícios no saco de pancada, manoplas e específicos de defesa pessoal. A esteticista Stephanie Chantal treina há dois anos com Sérgio e se adaptou às variadas formas de ensino. “São dinâmicas diferentes quando há mais alunos, quando é on-line ou presencial individual. Mas é possível dar sequência ao aprendizado e evoluir sempre. O que não pode acontecer é usar como justificativa para abandonar a atividade física”, opina.

Luciano também atende diferentes alunos de forma presencial em seu trabalho de personal e acredita que a educação híbrida veio para ficar. “A atividade física é essencial para a manutenção do peso corporal, da resistência e força muscular, além do condicionamento cardiovascular. Também é claro, do sistema imunológico. Tem quem prefira o presencial e quem prefira o on-line. Portanto, independente da sua escolha, o importante é manter-se ativo”, finaliza.