Saúde de crianças pede atenção com chegada do frio
A coordenadora do Ensino Infantil do Colégio Marista Paranaense, Sibele Maria Dal Col Guimarães explica que o contato com outras crianças é essencial para o desenvolvimento infantil. “Tanto o aprendizado como o desenvolvimento social, cognitivo e psicológico tem a ganhar com a volta ao presencial. Por meio de debates, brincadeiras e conversas é que as crianças descobrem o mundo”, explica.
Mas com a interação, voltam também algumas doenças que quase não foram vistas durante a pandemia, como resfriados, gripes e outras doenças virais e bacterianas típicas. Isso se deve a uma maior tendência na concentração de pessoas em ambientes fechados, ar seco e frio, de acordo com a Médica de Família e coordenadora do CEPI (Centro de Ensino Pesquisa e Inovação) do Hospital Marcelino Champagnat, Maíra de Mayo Loesch. “Com alguns cuidados básicos é possível auxiliar na manutenção da saúde de crianças e também adultos”, orienta.
Prevenção ainda é o melhor remédio
É importante manter os ambientes bem arejados e com boa circulação de ar para evitar a transmissão de vírus. Seja em casa ou na escola, manter alguns hábitos adotados na pandemia ainda são a melhor saída. Sibele explica que o uso adequado de agasalhos, manter ambientes com pouca concentração de crianças e preferir áreas abertas quando possível são formas de ter ganhas educativos sem afetar a saúde,
Em primeiro lugar, manter a vacinação da criança em dia e ter uma boa alimentação e hidratação são essenciais, de acordo com Maíra, pois: “a hidratação ajuda a manter as vias aéreas mais úmidas e protegidas do ar seco e frio”. Alimentos ricos em vitaminas como frutas, legumes e verduras, além da proteína encontrada em carnes, ovos e leite nutrem nosso organismo e auxiliam o sistema imune. Manter os cuidados de saúde e higiene como lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou usar álcool em gel.
Caso a gripe ou resfriado se instale, é recomendado fazer higiene nasal com soro fisiológico e evitando que a secreção se acumule. Nessa fase é comum que as crianças percam o apetite, então é importante oferecer comidas saudáveis ao longo do dia. A médica ressalta também que os pais devem ficar atentos para sintomas de febre alta que não alivia com antitérmicos, associada a dificuldade para respirar, prostração (quando a criança fica caidinha) ou manchas na pele. “Não medique seu filho por conta própria, fale com seu médico de confiança”, conclui.