Saúde

Amigos fazem campanha para ajudar Beto, que precisa fazer cirurgia no cérebro

A vida nem sempre é justa como gostaríamos, mas tudo é uma questão de qual ângulo olhamos ou em que acreditamos.
Casos como o de Alberto João dos Santos – o Beto, é apenas mais um entre tantos no mundo, onde uns acreditam em destino, já outros em carma, mas também há aqueles que acreditam em livramento.
Muitas vezes quando acontece algo grave conosco, acabamos nos questionando, porque isso aconteceu comigo? Nessas horas as dúvidas são diversas, e as respostas também podem ser variadas. Uns vão falar que não podemos mudar o presente ou futuro e o que tiver que acontecer, irá se concretizar de uma forma ou de outra o resultado já está escrito. Mas também existem os que se apegam a Deus e acreditam que tudo tem um objetivo, mesmo que inexplicável, para que o bem possa ser manifestado. E assim acredita Alberto.
Em 2018, quando trabalhava como Uber, Beto dirigia seu carro para buscar um passageiro no Bairro Ana Maria, em Criciúma. Era um final de tarde, quando ele, após um apagão, acabou colidindo com em um muro em uma casa de esquina. “Eu só lembro quando acordei no hospital. Eu não tinha sofrido nenhum trauma devido o acidente. Nenhum corte aparente, mas por precaução realizei exames de imagem da cabeça e foi aí que tudo começou”, lembra Alberto.
Conforme ele, os exames mostravam umas manchas no cérebro, que deixaram os médicos intrigados, até o diagnostico de tumor. “Eu nunca tive dor de cabeça, nunca fui de beber ou fumar, sempre me cuidei, mas infelizmente recebi a notícia que eu teria que passar por uma cirurgia na cabeça antes de sair do hospital. Dei entrada no hospital devido um acidente e acabei descobrindo um câncer por acaso”, revela.
Beto lembra, que na época, sua esposa Josiane Mazuchello Tezza estava grávida de sete meses, do filho Vinicius Mazzuchello Tezza dos Santos. “Eu estava muito bem, não sentia nada, minha esposa por estar grávida, precisou de mais atendimento da equipe de enfermagem do que eu”, brinca ele.
Beto, que é natural do Rio Grande do Sul, mas que reside no bairro Quarta Linha há 17 anos, conta que após a retirada do tumor, pensou que tudo tinha se resolvido. Mas após uma convulsão dois anos após a cirurgia, Beto teve que refazer alguns exames e acabou descobrindo que uma pequena parte do tumor não tinha sido removida e que precisaria novamente passar por uma segunda cirurgia. “A primeira cirurgia segundo o médico, foi retirado aproximadamente 95% do tumor, pois foi uma cirurgia delicada no cérebro, onde qualquer detalhe pode deixar a pessoa sem movimentos. Nessa segunda cirurgia confesso que fiquei com medo, principalmente por ja ter um filho e isso nos deixa mais fragilizado”, lembra.
Ele conta que as duas cirurgias foram realizadas com anestesia geral e foram tranquilas. “Tudo ocorreu bem, me recuperei bem e continuei realizando os tratamentos e exames periódicos, até que este ano tive uma nova convulsão e ao retornar aos exames, o tumor voltou aparecer, só que maior e mais agressivo”, lamenta Beto.
Ele explica que desta vez o tumor está avançado e agressivo, localizado próximo da área motora do cérebro, então o procedimento mais seguro, segundo o médico, é ser realizado uma cirurgia com o paciente acordado.
“Para eu não correr o risco de ficar com uma lado do corpo paralisado, a recomendação é que seja feita uma cirurgia acordado com eletrofisiologia trans-operatória e neuronavegação. Da mesma forma daquele caso famoso em que saiu nos meios de comunicação, em que o paciente fez a cirurgia tocando violão. Essa é considerada uma cirurgia mais segura e tenho a convicção que será a última, porque com essa técnica o tumor pode ser retirado por completo”, afirma Beto.
O único problema, segundo ele, é que o Sistema Único de Saúde – SUS, não cobre esse procedimento com essa técnica e aparelho. “Esse aparelho é um aparelho alugado e o valor total da cirurgia pode chegar a R$ 150 mil”, alerta Beto.

Cirurgia feita com o paciente acordado tem custo elevado

Com o alto custo da cirurgia, Beto disse ter se assustado inicialmente. “O valor assusta quando não temos o recurso. Mas preciso fazer, minha família começou a fazer levantamento de valores com empréstimos em bancos, o que poderia ser vendido. Mas quando a notícia começou a se espalhar, amigos e familiares e até pessoas que jamais imaginei, apareceram querendo ajudar. Um grupo de amigos da igreja que frequento me convenceram a fazer um vídeo explicando sobre meu caso e teve muitas visualizações”, revela Beto.
Várias campanhas foram iniciadas pelos amigos e familiares, como vakinha virtual, rifas e PIX e até uma excursão para o jogo entre Flamengo e Juventude no Rio de janeiro está sendo realizada para arrecadar recursos. “Nessas horas nossa crença é colocada a prova. Fiquei feliz por saber que tenho amigos e não imaginava que iria fazer outros amigos através desse meu problema. Pessoas que não precisavam me ajudar, pessoas que nunca conversei. São anjos que aparecem quando mais precisamos, para nos ajudar. Pessoas de várias religiões estão me dando apoio e colocando meu caso em orações e isso me deixa mais forte e confiante que tudo vai dar certo”, conta.
Beto revela que não tem os recursos necessários para arcar com a cirurgia que vai acontecer nesta segunda-feira (28), no Hospital São José. “Vamos dar um jeito de levantar o valor. Muitas pessoas estão ajudando e caso não consiga atingir o valor necessário, minha família ja está vendo empréstimos. Mas tenho fé que não será preciso recorrer aos empréstimos”, afirma.
Algumas formas de ajudar Beto estão sendo circulando.
Entre elas tem a vakinha virtual no endereço: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/salve-o-beto
Outra forma é uma rifa de uma camisa do Criciúma E.C. autografada pelos jogadores do Tigre e uma bicicleta.
Também podem ser depositados qualquer valor diretamente no PIX 48 996201928 Alberto João dos Santos.
Beto afirma que existem várias formas de ajudar e não é só através de dinheiro. “Eu sempre falo, o que tu puder ajudar é bem-vindo, qualquer valor que seja já ajuda. Quem não pode contribuir financeiramente, pode ajudar a divulgar a campanha, e em oração”, frisa.
Os recursos arrecadados serão contabilizados nesta sexta-feira (25). “Vamos sentar e contabilizar os recursos arrecadados para decidir se vamos precisar fazer um empréstimo ou não. Caso não consiga o valor total, acredito que a campanha irá continuar na próxima semana, mesmo após a cirurgia. Então eu peço que quem puder ajudar, qualquer valor é importante. As vezes sei que algumas pessoas não podem ajudar com muito e acaba ficando com vergonha, mas pode ter certeza que independente do valor, toda ajuda é bem vinda. Se todos pudessem contribuir com um pouquinho, no final se torna um valor alto.

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