Trabalho das Clínicas Integradas como exemplo para outras regiões
A participação junto à comunidade e os benefícios gerados pelos Serviços da Unesc, entre eles o ambulatório de feridas e o Ambulatório de Atenção à Saúde da pessoa com Fibromialgia da Unesc, desperta o interesse de todo o estado.
Mais um exemplo disso foi visto na quarta-feira (23/02). Representantes do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Nordeste de Santa Catarina (Cisnordeste) e da Univille estiveram em Criciúma para ver de perto o que pretendem tornar realidade nos 17 municípios atendidos no Norte e Nordeste de Santa Catarina.
A coordenadora do Centro Especializado em Reabilitação (CER), Magada Tessmann, destaca que o objetivo foi conhecer os serviços das Clínicas Integradas, onde o ambulatório de feridas e o Ambulatório de Fibromialgia (Credenciado pelo Cisamrec), está inserido. “Eles ficaram encantados com as nossas experiências e agradeceram muito porque temos de fato a interdisciplinaridade que funciona na clínica. São serviços nos quais os acadêmicos estão inseridos e desenvolvem as suas habilidades e competências vivenciadas junto aos pacientes, com a supervisão dos docentes altamente gabaritados”, dando resolutividade a situações que enfrentam”, enfatiza. As Clínicas Integradas são uma estrutura da área da saúde da Unesc, nas quais são oferecidos diversos tipos de serviços.
Acessibilidade aos pacientes
Através de convênio com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (Cisamrec), a Unesc presta atendimentos em duas áreas: o ambulatório de feridas e a fibromialgia. “Isso tem possibilitado uma maior acessibilidade aos pacientes. Nas feridas crônicas oportuniza uma recuperação mais rápida e com menor custo para o município. Já com relação à fibromialgia, o atendimento foi ampliado para pacientes de toda a Amrec”, diz Mágada.
O Cisamrec atende hoje os 27 municípios da Região Carbonífera e do Extremo Sul (Amesc), totalizando em torno de 650 mil habitantes. Já o Cisnordeste abrange 17 cidades, chegando a 1,2 milhão de pessoas. “O consórcio vem buscando atender as necessidades dos municípios diante da nova lei da obrigatoriedade do atendimento dos pacientes com fibromialgia. Nós, que já temos uma parceria com a Universidade da Região de Joinville (Univille), viemos buscar a experiência que a Unesc tem com o Cisamrec. Ou seja, a parceria de uma universidade comunitária com um consórcio, por isso buscamos este modelo para que possamos implementar na nossa região e atender as nossas cidades”, conta a Diretora Executiva do Cisnordeste, Ana Maria Groff Jansen.
Assim como no Sul Catarinense, no Norte e Nordeste do estado, o consórcio possui parceria com uma universidade, porém ainda menor. “Temos avançado a conversa com a Univille com quem temos uma parceria no atendimento odontológico e agora queremos ampliar. Seguimos trabalhando na questão de enxergar o paciente em sua integralidade. Não resolver a dor, mas solucionar o problema integral e não pontual. Queremos atender mais pessoas, com maior resolutividade e curso menor”, destaca.
Unesc entre os prestadores de serviço do Cisamrec
O Cisamrec possui hoje 260 prestadores de serviço, entre eles, a Unesc. “Há dois anos a Universidade presta os seus serviços diferenciados como tratamento de feridas e agora um novo serviço que é o atendimento aos pacientes com fibromialgia”, salienta o Diretor Executivo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amrec (Cisamrec), Roque Salvan.
Esta parceria, lembra Salvan, foi apresentada em reunião da associação que reúne os 14 consórcios de saúde de Santa Catarina, onde despertou o interesse de outras regiões, como o Cisnordeste. “Agora eles vieram conhecer a atuação na prática. O serviço realmente acontecendo”, diz.
Mesmo o Cisnordeste atendendo uma população bem maior que o Cisamrec, Salvan acredita que as iniciativas realizadas no Sul do estado podem ser implantadas no Norte e no Nordeste catarinense. “É possível fazer o serviço acontecer, eles estão bem estruturados com o consórcio e com a Univille, tendo a mesma credibilidade que tem a Unesc. É um desafio, mas para nós também era um desafio e implementamos”, pontua.