Saúde

Rinoplastia é uma das cirurgias mais procuradas pelos homens

Preocupação masculina com o rosto só fica atrás do transplante capilar e da lipoaspiração

O cuidado com a aparência tem ganhado um espaço cada vez maior não só na vida das mulheres, mas também dos homens. O que antes era um tabu, agora é um pré-requisito quando o assunto é vaidade masculina. Prova disso são os dados da Associação Brasileira de Clínicas e Spas (ABC SPAS) que indicam que 30% dos pacientes de clínicas de estéticas brasileiras são homens.

E entre as cirurgias mais procuradas quando o assunto é beleza masculina, a rinoplastia aparece em terceiro lugar, ficando atrás do transplante capilar e da lipoaspiração. Por ser o rosto o nosso cartão de visitas, o homem moderno tem prezado cada vez mais a sua aparência e tem feito visitas mais constantes às clínicas voltadas à estética e enfrentado o bisturi.

Rinoplastia – Sem torcer o nariz

A rinoplastia, que se tornou febre entre o público masculino, é recomendada quando a formação da face está próxima da maturidade, ou seja os ossos não irão se desenvolver muito mais. “Isso costuma ocorrer entre 16 e 18 anos no homem, mas pode variar dependendo do início da puberdade”, afirma o cirurgião plástico Gustavo Mauro, sócio da Clínica 40k, em Curitiba, pioneira no país a atender exclusivamente homens. O especialista ainda destaca que a procura por esse tipo de intervenção ocorre, em sua maioria, entre homens de 19 a 34 anos.

Mas, como deve ser o nariz do homem? De acordo com o cirurgião, o nariz masculino, via de regra, deve ter um dorso próximo da altura da ponta e não abaixo, como costuma ser feito nas mulheres. “O nariz feminino costuma ser mais fino, com dorso pouco mais baixo que a ponta, e essa mais angulada que o nariz do homem. Não afinamos muito esse dorso, e a ponta não angulamos acima de 90-100 graus”, relata.

Já a medida dessas proporções leva em conta diversos fatores. “O comprimento da face em relação ao comprimento do nariz, largura do dorso do nariz e a largura da asa do nariz em relação à largura da face são as medidas que realizamos para definir a proporção e a harmonia do procedimento para um resultado satisfatório”, diz Gustavo Mauro.

Expectativa e realidade

Como cada caso é um caso, não se pode idealizar um nariz e querer uma cópia. “Quando o paciente nos traz uma referência de uma pessoa que ele gostaria de ter o nariz semelhante, nós apresentamos a ele uma realidade distinta, onde trabalhamos com o material que ele traz (ou seja, suas cartilagens, sua pele e seus ossos) e não o material de outras pessoas que ele vê em rede social ou algum programa televisivo”, enfatiza o especialista.

Entre as correções mais comuns no nariz, o cirurgião destaca que no Brasil, por existir presença forte de ascendência caucasiana, a queixa mais frequente é o dorso saliente ou giba. Quando o assunto é o reparo em cartilagens ou ossos, o procedimento torna-se um pouco mais complexo. “Isso vai depender da deformidade que desejamos melhorar e pode variar desde ressecção de porção de cartilagens, enxertos cartilaginosos, raspagem óssea , fratura óssea etc.”.

Em alguns casos, é necessária a colocação de enxertos. “Atualmente, a cirurgia mais executada é a rinoplastia estruturada, onde utilizamos alguns enxertos de cartilagem para melhor manter o resultado ao longo dos anos”, conta o especialista.

Na Clínica 40k, este tipo de procedimento é realizado sob anestesia geral para maior conforto e segurança do paciente. O pós-operatório, de acordo com Dr. Gustavo, não costuma trazer intercorrências, apesar de muitas vezes deixar o nariz um pouco inchado e roxo. “É uma cirurgia onde a dor é muito pequena, sendo controlada facilmente com analgésicos fracos. Muitas vezes, uma tala especial é deixada no dorso por 5 a 7 dias para estabilizar uma fratura, e um tampão nasal por 48 horas. As recomendações são simples, como não se expor ao sol durante um mês, no entanto, esportes estão liberados após duas semanas. Já o trabalho em escritório, por exemplo, está liberado após retirada de tampão, que varia entre 48 e 72 horas”, conclui o especialista.

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