Emoção marca os 60 anos da Escola Eufrásio Avelino Rocha em Maracajá
A emoção tomou conta de pais, alunos, professores, servidores, autoridades, familiares e convidados, na cerimônia dos 60 anos da Escola Eufrásio Avelino Rocha, da Vila Beatriz em Maracajá, na última sexta-feira (24). Teatros, musicais, mural de fotos, inauguração e um bolo de aniversário foram alguns dos momentos que jamais sairão da memória dos presentes.
De todas as falas das autoridades, a mais emocionante não poderia ser de outra pessoa, que não fosse da primeira-dama de Maracajá, Claudete Brambila, filha de Eufrásio Avelino Rocha. Com lágrimas nos olhos, Claudete lembrou de momentos do pai e do carinho e orgulho que ele tinha pela escola da Vila Beatriz. “Não podíamos deixar que a escola fosse fechada. Tínhamos que fazer algo, e assim o fizemos. Falei com o prefeito Anibal Brambila, que prontamente se mostrou favorável que o município assumisse a escola. Após algumas viagens a Florianópolis conseguimos nosso objetivo”, lembra a primeira-dama.
Conheça a história da escola
Na comunidade de Vila Beatriz, a primeira instituição escolar surgiu no ano de 1965 por iniciativa dos moradores, especialmente do Senhor Eufrásio Avelino Rocha e da Senhora Rita Tereza Rocha, sua esposa. Eles doaram um terreno e uma casa de madeira para que as atividades escolares pudessem ser oferecidas pelo Governo Estadual.
Um dos principais motivadores do anseio da comunidade pela construção da escola era a grande distância das outras instituições de ensino, agravada pelas obras de construção da BR-101.
Pelo Decreto Estadual n.º 2.146, de 15 de fevereiro de 1965, foi criada oficialmente a Escola Isolada Vila Beatriz. Uma Escola Isolada, na época, representava uma sala de aula multisseriada, com as quatro turmas do ensino primário aprendendo simultaneamente sob a regência de uma única professora. Três professoras que lecionaram nos primeiros anos da escola foram Erondina Maria da Silva Goulart, Raqueu Elias e Ana Maria Gertrudes Jacinto.
Inicialmente, a estrutura escolar não contava com banheiros nem água potável. No entanto, de forma comunitária, a população promoveu ações de melhoria e reivindicou as devidas obras ao governo estadual.
No ano de 1970, a escola já contava com um número de alunos suficiente para conquistar o “desdobramento”, ou seja, passou a funcionar em dois turnos letivos — com a 1ª e 2ª séries em um turno e a 3ª e 4ª séries em outro, contando com duas professoras.
Pela Portaria n.º 204, de 26 de junho de 1989, a Escola Isolada Vila Beatriz foi transformada em Escola Reunida “Vila Beatriz”, concentrando um maior número de alunos e professores.
No período em que a professora Maria Leonar Baltazar Pereira, carinhosamente conhecida como “Dona Lola”, assumiu a direção da escola, muitas ações foram concretizadas. Entre elas, destaca-se a instituição do Pré-Escolar, que começou a funcionar na escola em 1º de março de 1988 e era denominado “Chapeuzinho Vermelho”. Houve também a implantação das turmas finais do primeiro grau, da 5ª à 8ª série.
Pelo Decreto n.º 731, de 26 de setembro de 1991, a Escola Reunida “Vila Beatriz” foi denominada Escola Básica Eufrázio Avelino Rocha, em reconhecimento e homenagem realizada em vida ao Senhor Eufrázio, o doador do terreno e líder comunitário.
Em 2004, a escola passou por ampliações e reformas, que incluíram a construção de quadra coberta, a ampliação do refeitório, a criação de uma sala de informática e reformas gerais na estrutura.
Assim, de 1965 a 2023, a escola trilhou sua história como uma instituição Estadual, por onde passaram muitos professores, diretores, alunos e funcionários.
No ano de 2024, o Governo Estadual tomou uma decisão administrativa de encerrar as atividades escolares devido ao número reduzido de alunos. Preocupada com o destino do espaço na comunidade, a Administração Municipal resolveu assumir a gestão escolar do local.
Hoje, a escola conta com 310 estudantes distribuídos em turmas que vão da pré-escola (4 e 5 anos) ao 2º ano do Ensino Fundamental. Destes, 90 alunos frequentam a educação em turno integral.
A Administração Municipal de Maracajá acredita que os sonhos, as memórias e a identidade da Escola da Comunidade de Vila Beatriz precisam ter continuidade, despertando o sentimento de pertencimento nas novas gerações.















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